A proposta de cessar-fogo temporário anunciada por Moscou para marcar os 80 anos da vitória soviética sobre a Alemanha nazista foi rejeitada por Kiev. Segundo publicação da Agência Sputnik Brasil nas redes sociais, o governo da Ucrânia descartou a possibilidade de interromper as hostilidades e ainda afirmou que “não pode garantir a segurança” dos chefes de Estado e demais autoridades que comparecerem às cerimônias em Moscou, programadas para o dia 9 de maio. A sugestão de trégua partiu do presidente russo Vladimir Putin, que, por meio de comunicado divulgado pelo Kremlin na segunda-feira (28/4), declarou que, “por razões humanitárias”, as Forças Armadas russas cessariam as operações militares entre os dias 8 e 10 de maio. “Durante esse período, todas as operações militares cessam”, diz a nota oficial. O governo russo também sugeriu que o lado ucraniano aderisse ao cessar-fogo no mesmo intervalo. No entanto, a declaração de Moscou alertava que, caso o cessar-fogo fosse violado pela Ucrânia, haveria uma resposta “adequada e eficaz” por parte das tropas russas. Ainda segundo o Kremlin, a Rússia segue aberta para negociações de paz “sem pré-condições, visando eliminar as causas profundas da crise ucraniana”. O feriado de 9 de maio, conhecido como Dia da Vitória, é uma das datas mais importantes do calendário cívico russo e será marcado em 2025 por eventos que relembram os 80 anos da rendição do regime nazista, conquistada à custa de milhões de vidas soviéticas na Segunda Guerra Mundial. A celebração contará com a presença de líderes internacionais, incluindo o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva.