Casa Branca/Reprodução
“Sem prorrogações, sem mais períodos de carência, em 1º de agosto, as tarifas serão definidas. Elas entrarão em vigor. A Alfândega começará a arrecadar o dinheiro”, declarou Lutnick
O Secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, confirmou neste domingo (27/7) que as taxas impostas a outros países entram em vigor no próximo dia 1º de agosto. O anúncio foi feito em entrevista à Fox News e reforçado no perfil oficial da Casa Branca do X. “Sem prorrogações, sem mais períodos de carência, em 1º de agosto, as tarifas serão definidas. Elas entrarão em vigor. A Alfândega começará a arrecadar o dinheiro”, declarou Lutnick. O Brasil está no topo da lista de países afetados. A taxa imposta pelo presidente Donald Trump será de 50% sobre todos os produtos brasileiros, o maior percentual entre os atingidos. O secretário reafirmou, no entanto, que “Trump está sempre disposto a ouvir. Se ele ficará feliz ou não, é outra questão… Mas ele está sempre disposto a negociar”, disse o secretário. Além do Brasil, outros países atingidos pelas tarifas incluem União Europeia (30%), Canadá (35%), México (30%) e Coreia do Sul (25%), mas nenhum deles foi alvo de uma alíquota tão alta quanto a imposta aos produtos brasileiros.
Tarifa contra produtos brasileiros
No caso do Brasil, as tarifas misturam justificativas políticas e econômicas. Em carta enviada ao presidente Lula, Trump citou a “censura a redes sociais dos EUA” e defendeu Jair Bolsonaro, dizendo que o ex-presidente brasileiro é alvo de uma “caça às bruxas”. Ele ainda disse que a relação comercial com o Brasil “tem sido injusta” e “não recíproca”. No entanto, o governo americano tem superávit com o Brasil: de 2009 até hoje, as exportações americanas superaram as importações em US$ 88,61 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento.