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Enquanto fomenta a crise na direita em Santa Catarina aberta pela pré-candidatura de Carlos Bolsonaro (PL-RJ) ao Senado, Michelle Bolsonaro (PL) encontrou tempo para atacar o ministro Alexandre de Moraes e sair em defesa da matança promovido pelo governador bolsonarista Cláudio Castro (PL) nos complexos da Penha e do Alemão no Rio de Janeiro.

Para defender a operação de Castro, que deixou 121 mortos – entre eles 4 policiais -, Michelle sacou um vídeo em que Silas Malafaia diz que a viagem de Moraes ao Rio de Janeiro e a exigência de documentos sobre a ação é “inconstitucional”, em meio à verborragia contra o ministro do Supremo. A ida de Moraes ao Rio teve como objetivo colher informações sobre a operação, uma vez que o ministro é o relator temporário da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 635, mais conhecida como ADPF das Favelas. A ação estabelece regras para diminuir a letalidade policial no Rio de Janeiro. Entre as regras da ADPF estão o uso proporcional da força policial, câmeras nas viaturas e a elaboração de um plano de reocupação de territórios invadidos pelas organizações criminosas. Não contente, Michelle ainda divulgou outro vídeo, do jurista Wálter Fanganiello Maierovitch, criticando a ida de Moraes ao Rio de Janeiro.
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Por fim, a ex-primeira-dama ainda repete uma antiga fake news, criada pela horda bolsonarista durante a campanha de 2022, sobre o uso por Lula do boné com as iniciais CPX. A sigla significa “complexo”, para se referir aos complexos das favelas no Rio de Janeiro, como o da Penha e do Alemão, alvos da chacina. Bolsonaristas, no entanto, usam a sigla como forma de rotular as comunidades como territórios de facções criminosas, como o Comando Vermelho (CV).


