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José Dirceu comandou o PT por sete anos e foi chefe da Casa Civil no primeiro mandato de Lula. Deve a Dirceu a aproximação dos petistas com partidos de centro no espectro político
Prestes a completar 46 anos, o PT promoverá o seu 8º Congresso Nacional, com o objetivo de definir os rumos da campanha de 2026 e rever o seu programa para a próxima década, abrindo caminho para a era pós-Lula. Ex-ministro e quadro histórico da legenda, José Dirceu foi chamado, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para conduzir a discussão sobre a plataforma partidária. Dirceu comandou o PT por sete anos e foi chefe da Casa Civil no primeiro mandato de Lula. Deve-se a ele a aproximação dos petistas com partidos de centro no espectro político. Em 2005, no entanto, após o escândalo do chamado ‘mensalão’, Dirceu retornou à base do partido, com o mandato de deputado cassado. Nesse ínterim, foi preso três vezes As condenações que pesavam contra o ex-ministro na ‘Lava Jato’, porém, foram todas anuladas no ano passado e em 2026 ele concorrerá novamente a uma cadeira na Câmara.
Enfrentamento
Diante do confronto iminente com a extrema direita, Lula chama o aliado de primeira hora para que se dedique à construção da nova face da legenda. Coordenador-geral da campanha de Lula ao quarto mandato, o presidente do PT, Edinho Silva já deixou clara sua intenção de partir para o enfrentamento às hostes do neofascismo, que cresceram exponencialmente no país ao longo dos últimos anos. Aos 80 anos, Lula sabe que, se for reeleito, terá o último mandato à frente do Palácio do Planalto e precisará de um sucessor à altura. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT); o chefe da Casa Civil, Rui Costa; e o titular da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (PSOL) estão entre os primeiros de uma lista não muito extensa.


