CNN
O governador de Minas Gerais e agora pré-candidato à Presidência da República, Romeu Zema (Novo), afirmou à CNN, neste sábado (16/8), que o Brics “é uma colcha de retalhos”. “O Brics é uma colcha de retalhos, é um Frankstein. Analisa quem compunha o Brics inicialmente. Esses países estão próximos, geograficamente, do Brasil? Não estão. Quem tem ido para os Brics são regimes autoritários, em sua maioria, e inimigos dos Estados Unidos”, disse Zema após se lançar como pré-candidato nesta manhã. “O Brics parece que virou um bloco muito mais de criar um protagonismo contra a Europa, contra o Ocidente, do que propriamente dar resultados completos”, continuou. Para o governador, “o Brasil tem boas relações diplomáticas, mas o governo está jogando tudo fora fazendo essas declarações e ações, totalmente inadequadas”. Zema lançou sua pré-candidatura à Presidência da República para as eleições de 2026 durante um evento em São Paulo.
Coro
Em seu discurso, ele fez coro para que o Brasil saia do Brics. “O Brasil caminha hoje na direção de outra crise econômica porque está crescendo a base de anabolizantes. A visão petista de que gasto é vida é uma idiotice sem tamanho, assim como a aproximação do Brasil de regimes autoritários e de nações que se opõem aos nossos valores ocidentais. Sai do Brics, Brasil”, exclamou. Brics e os EUA. Após anunciar o tarifaço sobre os produtos brasileiros em julho, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, disse que “acabaria rapidamente” com o grupo se tentassem ameaçar a soberania do dólar. A criação de uma moeda própria para o comércio entre o Brics, ou seja, a substituição do dólar, é uma discussão antiga entre os membros do grupo. A ação já foi defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de não estar no centro dos debates da Cúpula do Brics, realizada no Rio de Janeiro, entre 6 e 7 de julho. Sobre as tarifas, Zema disse à CNN que “um erro não justifica o outro, se Trump queria punir, que ele punisse quem estivesse criando o problema e não a nação”. Atualmente, o grupo abarca onze países membros: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos Etiópia, Indonésia e o Irã.



