Por Redação, com CartaCapital – de Washington
O trumpista Edward Kelley foi flagrado com uma lista de alvos de planos de assassinatos que incluía agentes do FBI responsáveis pela investigação da invasão ao Capitólio (EUA) no dia 6 de janeiro de 2021.
Um dos seguidores de Donald Trump que participou do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 foi condenado na quarta-feira à prisão perpétua por planejar assassinar os policiais que o investigaram. Edward Kelley, de 36 anos, foi declarado culpado em novembro por um júri do Estado sulista do Tennessee de três acusações, incluindo planejar o assassinato de funcionários federais. Segundo a ata da acusação, em 6 de janeiro de 2021 ele confeccionou uma “lista” de agentes do FBI e outros funcionários envolvidos na investigação do ataque. Kelley é um dos mais de 1,5 mil membros da multidão que invadiu o Capitólio aos quais Trump concedeu o perdão presidencial em 20 de janeiro, primeiro dia de seu novo mandato.
Ataque ao Capitólio
Os advogados de Kelley argumentaram que o perdão também abrangia as acusações contra ele neste caso. Mas os promotores apontaram que o ato pelo qual ele foi acusado ocorreu em dezembro de 2022, quase dois anos após o ataque ao Capitólio. Em 20 de janeiro de 2025, Trump desestimou a maior investigação realizada pelo Departamento de Justiça. Ele concedeu perdão por decreto a cerca de 1.250 condenados pelo caso, comutou as penas de outros 14 e ordenou a suspensão dos processos contra centenas de acusados ainda pendentes de julgamento.
Nota da Redação
Somente no Brasil que invasores e ameasadores de assassinar autoridades não podem ser presos. A proposta de anistia ampla, que busca perdoar todos os manifestantes presos em 8 de janeiro, já possui um requerimento de urgência protocolado pelo líder da oposição, Sóstenes Cavalcante. (PL-RJ). Este requerimento visa evitar que o projeto passe pelas comissões, levando-o diretamente ao plenário da Câmara. Hugo Motta está em articulação com Davi Alcolumbre para que o projeto passe rapidamente pelas duas casas, cumprindo uma promessa à oposição e ao governo federal. A intenção é evitar embates jurídicos com o Supremo Tribunal Federal (STF).