Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Ministro determinou o bloqueio dos passaportes da deputada, além da inclusão do nome dela na lista de procurados da Interpol
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou nesta quarta-feira (4/6) a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli (PL-SP). A decisão atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em sua decisão, Moraes afirma que a deputa tentou “se furtar da aplicação da lei penal”. O ministro também mandou bloquear os passaportes de Zambelli e incluir o nome dela na lista de difusão vermelha da Interpol. A deputada havia anunciado na terça-feira, 3, que está fora do Brasil e que pretende pedir licença do mandato para viver na Europa e denunciar o STF junto a lideranças da direita internacional. Não há registros da saída dela do país. Carla Zambelli foi condenada pela Primeira Turma do Supremo a 10 anos de prisão, em regime inicial fechado, e à perda do mandato pela invasão hacker aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A pena só não começou a ser cumprida porque há recursos pendentes. Na terça-feira (3/6), a política publicou um vídeo no qual diz que o pedido de prisão é inconstitucional, já que não é um caso de flagrante delito. Em outro vídeo, ela afirmou que iria para a Itália e que não “pode ser tocada” neste país, já que possui cidadania local. “Eles vão tentar me prender na Itália, mas eu não temo, por que sou cidadã italiana e lá eu sou intocável, a não ser que a justiça italiana me prenda”, disse, em entrevista à CNN Brasil. A deputada também responde a um processo criminal no STF por perseguir um homem com uma pistola na véspera do segundo turno das eleições de 2022.