A defesa de Collor argumentou que ele deveria cumprir a prisão domiciliar por motivos de saúde, uma vez que enfrenta diversas complicações, como apneia grave do sono, doença de Parkinson e transtorno afetivo bipolar
Aliados do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL-RJ) o aconselharam, nesta terça-feira (6/5) que solicite prisão domiciliar caso seja condenado no inquérito que apura o golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro. O argumento é baseado no precedente aberto pela autorização dada ao ex-presidente Fernando Collor, que também foi condenado por corrupção passiva, mas conseguiu o benefício de progressão da pena para o regime domiciliar. Bolsonaro está cada vez mais perto de enfrentar seu destino, que poderá ser a prisão. Bolsonaro está cada vez mais perto de enfrentar seu destino, que poderá ser a prisão – – avaliam. A defesa de Collor argumentou que ele deveria cumprir a prisão domiciliar por motivos de saúde, uma vez que enfrenta diversas complicações, como apneia grave do sono, doença de Parkinson e transtorno afetivo bipolar; além de ter 75 anos de idade. O pedido foi acolhido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que citou vários outros precedentes semelhantes para justificar sua decisão.
Ironia
O mesmo ministro, nesta terça-feira, durante sessão da Primeira Turma do STF, reagiu com ironia à quantidade de pedidos para que seja retirado da relatoria das investigações sobre o golpe de Estado. Segundo Moraes, apenas ele tem sido alvo de contestação sistemática, enquanto outros ministros mencionados no inquérito não enfrentam o mesmo tipo de pressão. ” Eu fico extremamente magoado, porque quando surge, por exemplo, o nome do ministro Fux, ninguém pede a suspeição dele. Quando surge o meu nome, são 868 pedidos de suspeição. Então, na verdade, suspeito é quem está pedindo minha suspeição. É impressionante”, declarou Moraes. A fala do Ministro ocorreu durante o julgamento da denúncia contra o grupo investigado por espalhar desinformação, contra o processo eleitoral brasileiro.