Brasil 247 “O Brasil é uma potência. É um dos maiores países do mundo e um dos mais ricos, com soberania alimentar e energética. Isso incomoda principalmente os EUA”, disse José Dirceu Em entrevista ao canal Focus Brasil, o ex-ministro José Dirceu avaliou o recente encontro nacional do PT como um marco histórico para o partido e para a política brasileira. Segundo ele, o evento refletiu unidade em torno de uma agenda voltada à defesa da democracia e da soberania, em um cenário de crescente pressão externa. “Esse encontro será conhecido como histórico pelo momento político em que foi realizado, diante da agressão à nossa soberania e democracia pela administração Trump”, afirmou. Dirceu destacou a relevância da reforma tributária em curso, ressaltando que ela representa mais do que uma simples reestruturação fiscal. “Isso traz à tona a consciência da imensa maioria dos brasileiros de que o Brasil precisa de uma revolução social, que começa pela revolução tributária”, disse. Para ele, a mudança corrige distorções de um sistema que historicamente onerou mais a massa salarial do que a renda e o patrimônio. O ex-ministro relembrou o período de perseguição política entre 2013 e 2019, marcado pelo golpe de Estado contra a presidente Dilma Rousseff e pela prisão injusta do presidente Lula. “Nós nunca podemos esquecer isso. Chegou um momento em que não podíamos sair às ruas com nossos símbolos, e quase caçaram o registro do nosso partido”, declarou. Ele ressaltou a importância da resistência, que culminou no movimento “Lula Livre” e na vitória da frente ampla em 2022. Dirceu também abordou a posição estratégica do Brasil no cenário internacional. “O Brasil é uma potência. É um dos maiores países do mundo e um dos mais ricos, com soberania alimentar e energética. Isso incomoda principalmente os Estados Unidos”, disse. Ele criticou duramente a postura de Washington, afirmando que o país “já não é mais uma democracia, mas uma plutocracia caminhando para um regime autoritário pelas mãos do Trump”. Sobre os recentes atos de violência no Congresso, Dirceu foi categórico: “Temos que ter consciência de que eles são golpistas e usam da violência e do ódio. Aquilo foi uma tentativa de impedir o funcionamento do parlamento, o que é crime constitucional”. Ele lembrou ainda do “plano punhal verde-amarelo”, que previa o assassinato de Lula, Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes. Religião e política Questionado sobre a relação entre religião e política, especialmente em um contexto de crescente influência evangélica, Dirceu defendeu a manutenção do Estado laico. “O PT não deve misturar religião com política. O problema não é a fé, mas a pauta conservadora e reacionária de certos setores. O Brasil é uma nação cristã, mas milhões de brasileiros não são cristãos. Não podemos aceitar teocracia”, afirmou. Para Dirceu, o desafio do PT é ampliar alianças e enfrentar a ofensiva externa. Ele defendeu reformas estruturais e o fortalecimento da frente ampla. “Nunca houve uma situação política tão favorável como essa para nós. Precisamos de mudanças radicais no partido e de uma coesão em defesa da soberania, da democracia e dos direitos sociais”, concluiu José Dirceu.
Dirceu diz que PT vive momento histórico e alerta para agressões dos EUA à soberania brasileira
Bolsonaro está ‘triste, preocupado e magoado’, diz aliado do ex-presidente
Evaristo Sa/AFP Bolsonaro: em casa, sem redes sociais e com visitas controladas Em prisão domiciliar há duas semanas, o ex-presidente da República Jair Bolsonaro está cada vez mais abatido. “Há uma mistura de sentimentos, o presidente Bolsonaro está triste, preocupado e magoado”, diz um aliado que o visitou, mas que preferiu falar sob reserva. Uma das maiores preocupações do presidente é com a própria saúde. Hoje ele foi novamente ao hospital em Brasília para fazer exames. “Ele não para de soluçar, fica dias soluçando e está fazendo um tratamento”, diz este aliado. Bolsonaro também mostra-se magoado em não conseguiu levar à frente a votação na Câmara dos Deputados do projeto que anistiaria os envolvidos no episódio do 8 de Janeiro, quando vândalos depredaram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente da República deve se encontrar nos próximos dias com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e durante a conversa pretende reforçar o pedido para aprovar o projeto da anistia. Durante a eleição de Motta, Bolsonaro tinha dado apoio ao paraibano em troca de colocar o projeto em votação. O ex-presidente da República também foi proibido de utilizar suas redes sociais. Bolsonaro tem ao todo 68 milhões de seguidores em suas cinco principais redes, Instagram, X, Facebook, Youtube e Tik Tok. As últimas mensagens postadas por Bolsonaro nas redes sociais são de 27 de julho. Prisão domiciliar deixou o presidente ainda mais tristeUma das maiores mágoas do presidente, no entanto, é com a prisão. Ele passa os dias vendo televisão, andando no quintal e jogando baralho com a mulher, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Na rua onde o casal mora, em um condomínio em Brasília (DF) só passam poucos moradores de carro. Esta semana, o presidente recebeu mais uma notícia ruim. O Supremo Tribunal Federal marcou data (início 2 de setembro) das sessões do julgamento por golpe de Estado. Em meio a este tormento pessoal, o ex-presidente ainda tem recebido pressão de governadores candidatos às eleições presidenciais do ano que vem – 2026 – que disputam o recall eleitoral de Jair Bolsonaro.
Reeducandos contribuem para revitalização de espaços públicos em Goiás
Fotos: PPGO Em 2024, quase 5 mil reeducandos do sistema prisional goiano exerciam algum tipo de trabalho; iniciativa visa à ressocialização e reintegração na sociedade, além de possibilitar remissão da pena Considerada modelo na gestão penitenciária do Brasil, a Polícia Penal de Goiás (PPGO) desenvolve um trabalho que vai além das suas competências fundamentais, ao disponibilizar para prefeituras e outras instituições públicas e privadas a mão de obra das pessoas privadas de liberdade. Em dezembro de 2024, 4.918 reeducandos exerciam alguma atividade laboral. Outros 2.330 foram matriculados em cursos profissionalizantes ao longo do ano. “Hoje, temos privados de liberdade exercendo atividades de limpeza de praças, ruas e avenidas, pintura de prédios e outros equipamentos públicos, construção de delegacias para a Polícia Civil, reformas de batalhões da Polícia Militar, dos Bombeiros. Temos apenados atuando nas mais diversas frentes, com ganhos para todas as partes”, explica o diretor-geral da Polícia Penal de Goiás, Josimar Pires. “Se por um lado as instituições recebem mão de obra qualificada, com total segurança, por outro os presos têm a oportunidade de mostrar que estão prontos para retornar ao convívio em sociedade”, emenda o gerente de Produção Agropecuária e Industrial da PPGO, Paulo Sérgio Silva Santos. A cada 3 dias trabalhados, o preso tem direito a 1 dia remido. Os exemplos dessas frentes de trabalho são inúmeros. Ano passado, por exemplo, a mão de obra carcerária atuou nas revitalizações do Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna, do Estádio Serra Dourada e do Parque Agropecuário da capital, dentre outros espaços. Somente na revitalização do autódromo, em parceria com a Secretaria de Esporte e Lazer (Seel), 35 custodiados trabalharam na manutenção e pintura da praça esportiva. Revitalização de espaços públicos Diversas cidades goianas iniciaram 2025 com frentes de trabalho organizadas pela Polícia Penal com mão de obra carcerária. Somente em Goiânia, no mês de janeiro, 200 reeducandos do Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel participam do primeiro mutirão de serviços urbanos da Prefeitura de Goiânia. Os custodiados trabalham na limpeza de bairros da região Noroeste durante três dias. Os reeducandos eram dos regimes fechado e semiaberto e já executavam atividades laborais dentro do Complexo Prisional. Eles foram vigiados por aproximadamente 110 policiais penais e trabalharam em quatro frentes na região, a partir do bairro Morada do Sol, liderados por servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Executaram atividades rotineiras de limpeza urbana, como recolhimento de lixo e auxílio na poda de árvores, e foram elogiados pelos moradores. Em Aparecida de Goiânia, 80 reeducandos participaram de uma força-tarefa de limpeza e roçagem de áreas públicas e privadas da cidade. O trabalho de zeladoria percorreu a região do Pontal Sul durante uma semana. A força-tarefa teve escolta de 40 policiais penais e o suporte de oito fiscais da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SDU). Entre os serviços realizados estavam roçagem, remoção de entulhos, e limpeza de tapa-buracos. “Nosso objetivo é trazer um bem-estar para a população, por meio da limpeza urbana, e aprimorar a reintegração social dos apenados, que, com toda certeza, voltarão ao convívio da sociedade recuperados”, resume o diretor-geral da PPGO, Josimar Pires.
Folha separa Bolsonaro e Eduardo, como se fossem de facções diferentes
Folha “Para 35%, culpa do tarifaço é de Lula; 22% acham que é de Bolsonaro, e 17%, de Eduardo, diz Datafolha” Essa é a manchete calhorda da Folha, sobre a mais recente pesquisa do Datafolha a respeito dos ataques de Trump ao Brasil, que até o grupo Globo classifica como chantagens: “Para 35%, culpa do tarifaço é de Lula; 22% acham que é de Bolsonaro, e 17%, de Eduardo, diz Datafolha”. Sobre a mesma pesquisa, essa é a manchete também meio calhorda do Globo, mesmo que faça a conta certa: “Datafolha: 35% acham que culpa do tarifaço é de Lula; para 39%, responsabilidade é da família Bolsonaro”. Por que meio calhorda? Porque é óbvio, não só sob o ponto de vista da mais elementar regra do jornalismo, que a manchete deveria estar focada na responsabilização do pai e do filho, que têm 39% de citações. Lula, com 35%, virou manchete por quê? Porque o número da família, como informa o Globo, é o mais alto, mas vira informação secundária? Mas o UOL, do mesmo grupo Folha, faz a formulação correta: “39% culpam família Bolsonaro por tarifaço; 35% responsabilizam Lula”. No caso da manchete da Folha, nem precisa explicar. Se Bolsonaro e o filho somam 39%, como dar separados os índices de cada um, como se fossem membros de facções diferentes? E o que significa a culpa que aparece como resultado da pesquisa, que o próprio jornal informa assim no texto que segue? “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é visto como o principal culpado pela sobretaxa aplicada ao Brasil por 35% dos entrevistados”. Culpado como? Culpado em que sentido? Por que Lula seria culpado? O que as pessoas entendem de uma pergunta sobre culpa? Culpado por ter provocado a crise? Culpado por ser visto como inimigo do neofascismo americano? Por ter reagido? Um religioso, que lida com o sentimento bíblico da culpa, poderia explicar melhor. O que nos consola é que não foi preciso aparecer um jornal de esquerda para desmontar a farsa da formulação da manchete da Folha. O Globo destruiu a manchete dos colegas, ao somar os 22% que põem a culpa em Bolsonaro com os 17% que culpam Eduardo. Com um detalhe: a Folha informa, no mesmo texto, o seguinte sobre pai e filho: “Juntos, somam 39%”. Faz a soma que o Globo fez, mas esconde e não dá em manchete. Estudantes de matemática de segunda série sabem que, se o Datafolha oferece duas opções à direita (Bolsonaro e o filho), as escolhas serão divididas e diluídas entre eles. Se há fracionamento, dificilmente um deles teria maioria. Mais um detalhe: com todas as informações centradas no protagonismo de Eduardo, como o sujeito que conspira contra seu próprio país, é surpreendente que ele tenha apenas 17% de “culpa”. O que reafirma que a grande maioria tem percepção precária sobre o que está acontecendo. Tanto que Alexandre de Moraes, com 15% de culpa, quase compete com Eduardo. A pesquisa sobre o tarifaço, divulgada em 4 de agosto, quando 57% condenavam a medida de Trump, dá uma pista: somando quem se diz mais ou menos informado, mal informado ou que não tomou conhecimento do assunto ou não sabe opinar, o índice chega a 68%. Os que se consideram bem informados são apenas 32%. O Datafolha ouviu mais de dois terços de eleitores que sabem pouco ou não sabem nada sobre o que estão opinando. E aí a pergunta é acionada de novo: para que servem essas pesquisas?
Indiretamente, Michelle Bolsonaro chama o nordestino de burro
Foto: Agência Brasil/ND “Meus amados, não tem problema você ter votado uma vez no PT, mas votar duas, três já é burrice”, afirmou. “Você precisa se libertar dessa burrice política”, critica Michelle Bolsonaro A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro chamou o presidente Lula (PT) de pinguço e cachaceiro, disse que Jair Bolsonaro (PL), inelegível, voltará ao Palácio do Planalto em 2026 e afirmou em agenda no Nordeste que votar mais de uma vez no PT é “burrice política”. A fala se deu durante evento do PL neste sábado (16) em Natal, no Rio Grande do Norte, com figuras do partido como o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto. Assim como Michelle, Valdemar também citou os EUA, dizendo que o presidente do país, Donald Trump, “se manifesta todo dia a favor de Jair Bolsonaro”. Os dois repetiram o discurso de que o ex-mandatário brasileiro é perseguido por desafiar o sistema. Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto após o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), ter entendido que ele descumpriu medida cautelar que o proibia de usar as redes sociais. O ex-presidente também é réu na corte sob acusação de ter liderado uma tentativa de golpe em 2022. Se condenado, pode pegar mais de 40 anos de prisão e aumentar seu período de inelegibilidade, que atualmente vai até 2030 em razão de duas condenações na Justiça Eleitoral. Ele foi considerado culpado por abuso de poder político e econômico por reunião com diplomatas estrangeiros convocada para divulgar suspeitas infundadas sobre o sistema eleitoral e pelo uso político de eventos do feriado da Independência, em 7 de setembro de 2022. No evento em Natal, a ex-primeira-dama afirmou que “dói a alma” de Bolsonaro não poder sair de casa, mas que ele vai voltar e se eleger presidente em 2026. “Ele está dentro de casa, mas está lá igual siri na lata para voltar a trabalhar, viajar e vencer as eleições 2026”, afirmou. Segundo pesquisa Datafolha divulgada há duas semanas, Michelle tem a maior intenção de voto entre os nomes da família Bolsonaro cotados para uma eventual disputa contra Lula em 2026. Ela tem 24% dos votos, contra 39% do petista. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) marcaria 18%, contra 40% de Lula. Contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro, o petista venceria por 39% a 20%. Morando nos EUA, Eduardo tem atuado junto a integrantes do governo Trump por sanções ao Brasil como forma de pressionar o Judiciário às vésperas do julgamento de seu pai. Ainda assim, no evento em Natal, Michelle culpou Lula pelo tarifaço imposto pelo republicano, dizendo que a ação ocorreu por inabilidade do petista, problemas na diplomacia e pelo fato de o país caminhar rumo ao que ela chama de ditadura. “Não tem como levar a sério um líder de uma nação de mais de 213 milhões de habitantes ironizar, criticar uma potência como é os Estados Unidos da América (EUA). Uma diplomacia nanica, irresponsável. Foi oferecer jabuticaba para o Trump, agora nós estamos colhendo abacaxis”, falou, em referência a Lula. “Fica provocando para que a gente receba sanções, para a culpa ficar na nossa família [Bolsonaro]. Sabe o que acontece quando você faz isso? Sanção são [sic] para países que estão prestes a perder a sua liberdade. Sanção vem para países ditadores e, para misericórdia de Deus, ainda não somos por conta do trabalho, por conta da força, da resistência de cada um de vocês que estão aqui que não se amedrontam e vão para as ruas exigir liberdade, anistia para aqueles que estão presos”, afirmou. No evento, Michelle também disse que continuar votando no PT é “burrice política”. O Nordeste é a região brasileira que tradicionalmente mais apoia o presidente Lula, fazendo oposição ao Sul, onde o político sofre maior rejeição. “Meus amados, não tem problema você ter votado uma vez no PT, mas votar duas, três já é burrice”, afirmou. “Você precisa se libertar dessa burrice política”. Michelle convocou os participantes do evento a participarem do 7 de setembro na Paulista, em São Paulo, e falou que a internet tem papel importante para a direita, justificando a discussão recente sobre regular as redes sociais como forma de prejudicar o campo político. Ela criticou Lula, fez referência a novas regras para o BPC (Benefício de Prestação Continuada) previstas no ajuste fiscal do governo petista e fez referência a fala do político sobre a seca no Nordeste, acusando-o sem evidência de ter deixado o Nordeste sem água de propósito. “O homem que corta o BPC [benefício de prestação continuada], um homem que tira a comida do prato, um homem que, por maldade, para o fornecimento de água para dizer ‘Deus é tão bom que deixou o povo do Nordeste sem água para me trazer como salvador para trazer água para o povo’. Maldito. Pensamento maligno”, afirmou a ex-primeira-dama. “Se autointitula o pai da pobreza e está trazendo as pessoas para a miséria. Nós não vamos mais aceitar essas falácias. Mentirosos. Cachaceiro. Pinguço. Irresponsável. É isso que ele é. Mas não tem problema, porque a lei da semeadura é para todos”, acrescentou. O discurso de Michelle teve o tradicional contorno religioso, com falas sobre o papel da mulher e oposição do bem contra o mal, combate ao que seria o comunismo no país e o “modus operandi dessa esquerda maldita”. Valdemar Costa Neto reforçou a ideia de perseguição a Bolsonaro. “Estamos passando a situação que vocês estão vendo em Brasília, que é algo que nunca aconteceu na face terrestre, de perseguir um cidadão como perseguem o Bolsonaro. Mas essa história vai mudar porque hoje nós temos o presidente dos Estados Unidos que se manifesta todo dia a favor do Jair Bolsonaro”. Ele afirmou que o PL se prepara para eleger um número recorde de deputados e senadores, além do presidente, em 2026.
Google elogia ações do Governo de Goiás em tecnologia e inovação
Fotos: Marcos Aurélio Silva Vice-presidente de Assuntos Governamentais e Políticas Públicas da gigante de tecnologia destacou pioneirismo goiano na área de inteligência artificial em encontro com vice-governador Daniel Vilela, em São Paulo O protagonismo goiano em tecnologia e inovação despertou o entusiasmo da Google. Durante encontro com o vice-governador Daniel Vilela, quinta-feira (14/8), na sede da empresa, em São Paulo, o vice-presidente de Assuntos Governamentais e Políticas Públicas, Doron Avni, elogiou iniciativas como a regulamentação pioneira da inteligência artificial (IA), as práticas de inovação e educação fomentadas pelo Hub Goiás e o projeto Gaia, desenvolvido pela Universidade Federal de Goiás (UFG), além da entrega de Chromebooks a todos os estudantes da rede estadual. Para o executivo da gigante de tecnologia, a regulamentação do uso de Inteligência Artificial realizada pelo Governo de Goiás, para incentivar o avanço tecnológico, é referência mundial no tema “lado a lado com a lei do Japão”. Avni ainda destacou que a legislação goiana está à frente do projeto de lei nacional (PL 2338/23), que aguarda deliberação na Câmara dos Deputados. “Utilizamos o Gemini, nossa ferramenta de IA, para perguntar qual legislação seria mais completa e inovadora, e a resposta foi a normativa de Goiás”, afirmou ao pontuar que a lei goiana é mais favorável à inovação para atrair provedores de nuvem. Outra ação do Governo de Goiás que chamou a atenção da Google é a parceria com o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia) da Universidade Federal de Goiás com o objetivo central de fomentar a pesquisa e o desenvolvimento da IA no estado. Como resultado, está o projeto Gaia, modelo avançado de inteligência artificial de código aberto aprimorado para o português do Brasil desenvolvido por pesquisadores do Ceia, com base na arquitetura aberta da IA Gemma 3, da Google. Além disso, o governo estadual ainda investe na área por meio do Hub Goiás, instituição pública criada para fomentar o ecossistema de inovação. Com um programa estruturado para se tornar a maior iniciativa de incubação de startups em inteligência artificial da América Latina, o governo estadual vai investir R$ 2 milhões nas dez melhores startups que tenham essa tecnologia como elemento central em seus modelos de negócio, visando resolver problemas complexos em diversas áreas. Educação e segurança Ainda em investimento atrelado as novas tecnologias, Avni também elogiou os esforços do governo estadual na área de educação, como a iniciativa da entrega de 340 mil Chromebooks a estudantes da rede estadual. “Vocês focam em garantir que os estudantes de Goiás tenham o necessário para prosperar no mundo da IA”, comentou o executivo. “Estou muito orgulhoso da parceria com o seu Estado”. Ao comentar o tema, o vice-governador acrescentou que o avanço educacional em Goiás está diretamente ligado ao aprimoramento da segurança pública no Estado, que investiu no uso de câmeras de monitoramento com inteligência embarcada, o que elevou em 70% a recuperação de celulares e veículos roubados. “Temos um ambiente seguro, esse fator funciona como um indutor para que novas empresas, em especial no campo da inovação, se instalem em nosso estado. Esse clima de paz também gera reflexo na educação e formação, como, por exemplo, os estudantes transitam entre casa e escola com seus equipamentos, sem medo de roubos e furtos. Em casa, os Chromebooks também são usados por familiares, promovendo a inclusão digital de todos”, ressaltou Vilela. “Estamos trabalhando para que Goiás siga sendo referência em inovação, unindo tecnologia, educação e segurança para criar um ambiente que atraia investimentos e gere oportunidades para nossa população”, disse. “Queremos ampliar essa inovação tecnológica e digital também na prestação dos serviços públicos”, finalizou o vice-governador, destacando que a Google também manifestou interesse de ampliar as parcerias com o Estado em novos projetos.
“Novo hospital em Rio Verde contribui para regionalização da saúde, afirma Caiado
Foto: Hegon Correa Unidade conta com investimento de R$ 128 milhões e vai contribuir para ampliar o acesso à Saúde na região Sudoeste do estado O governador Ronaldo Caiado esteve neste sábado (16/8) em Rio Verde, no Sudoeste goiano, para conhecer as instalações do Hospital Municipal Universitário (HMU), construído com recursos 100% municipais, no valor de R$ 128 milhões. Ao lado do prefeito Wellington Carrijo e do ex-prefeito Paulo do Vale, o governador ressaltou o papel da obra na regionalização da saúde em Goiás. “É um momento importante para a saúde do Estado de Goiás. O novo Hospital Municipal de Rio Verde foi entregue no fim de 2024 e é o maior hospital municipal do Centro-Oeste brasileiro, com uma planta moderna. Esse é o padrão pelo qual tenho trabalhado: o que é público tem de ser padrão de excelência”, destacou Caiado. A unidade terá 275 leitos de enfermaria, 36 de UTI, oito salas cirúrgicas, serviço de hemodinâmica, cirurgia robótica, áreas ambulatoriais e de diagnóstico por imagem (raio-X, tomografia, ressonância magnética e ultrassonografia), além de heliponto para transporte aeromédico. Todos os leitos serão regulados pelo Complexo Regulador Estadual (CRE). O governador reforçou o alcance dos atendimentos: “Trazer um hospital como este, com um padrão que muitas vezes não se encontra nem na rede privada, mostra o respeito à população e garante dignidade ao cidadão. É uma realidade que vai atender não apenas Rio Verde, mas toda a região Sudoeste.” O secretário municipal de Saúde, Thiago dos Santos Souza, explicou o cronograma de funcionamento: “Inauguramos a primeira etapa em dezembro passado, com a parte ambulatorial. Agora, até o fim de outubro, vamos colocar 100% do hospital em operação, transferindo os pacientes internados em outras instituições para esta nova unidade.” Para o prefeito Wellington Carrijo, o HMU é símbolo de gestão pública responsável e de visão de futuro. “É motivo de muito orgulho ver esse hospital pronto para atender não só nossa cidade, mas toda a região. É um investimento público de qualidade, que transforma vidas. Rio Verde mostra que o serviço público pode estar à altura do que a população merece”, afirmou. Além do hospital, Caiado visitou o novo Paço Municipal de Rio Verde, inaugurado em dezembro de 2024, no bairro Gameleira II. O espaço reúne 11 secretarias municipais, oferece mais agilidade no atendimento e melhores condições de trabalho para cerca de 700 servidores.
Jornal Estado de S. Paulo oficializa seu apoio a Tarcisio
Segundo o Estadão, “o Brasil não aguenta mais o PT, o Brasil não aguenta mais o Lula”. A frase de Tarcísio foi erguida ao status de diagnóstico histórico pelo jornal, que dedicou páginas a atacar a trajetória de Lula e do Partido dos Trabalhadores O Estado de S. Paulo, jornal quatrocentão com ligação histórica às elites paulistas, publicou neste sábado (16/8) um editorial que escancara sua preferência pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) Sob o título “Tarcísio está certo”, o texto tenta transformar um discurso contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em plataforma política antecipada, num gesto que equivale a uma declaração de apoio ao projeto presidencial do ex-ministro de Jair Bolsonaro. Segundo o Estadão, “o Brasil não aguenta mais o PT, o Brasil não aguenta mais o Lula”. A frase de Tarcísio foi erguida ao status de diagnóstico histórico pelo jornal, que dedicou páginas a atacar a trajetória de Lula e do Partido dos Trabalhadores. Mas, apesar do esforço editorial, a realidade política aponta em outra direção: Lula lidera todas as pesquisas de intenção de voto para 2026, à frente de qualquer adversário de centro ou de extrema direita. A tentativa do jornal paulista de vestir Tarcísio como alternativa viável soa mais como exercício de desejo do que como análise objetiva. Historicamente, o Estado de S. Paulo sempre se posicionou contra governos populares e alinhou sua linha editorial às elites econômicas, defendendo teses de austeridade fiscal e criminalizando políticas sociais. Agora, aposta em Tarcísio como o rosto da “renovação”, embora o governador seja um quadro forjado no bolsonarismo e parte do mesmo campo político que mergulhou o Brasil no caos institucional e econômico. O texto do Estadão vai além ao atacar a política externa do governo Lula, acusando-o de “bajular autocratas” e de reviver debates ideológicos ultrapassados. A crítica, no entanto, ignora que o Brasil voltou a ter protagonismo internacional desde 2023, com Lula sendo recebido como liderança global em fóruns multilaterais e recolocando o País no centro de temas como clima, democracia e cooperação internacional. Ao oficializar sua adesão à candidatura de Tarcísio, o jornal revela não apenas sua preferência, mas também seu temor: a perspectiva de uma nova vitória de Lula em 2026. Como resumiu de forma irônica um observador atento da cena política, o Estadão pode até tentar escolher seu candidato, mas quem continua escolhendo é o povo brasileiro – e até agora, todas as pesquisas mostram Lula na dianteira.
Justiça suspende shows de Zezé di Camargo
Instagram/Zezé Di Camargo Tribunal atende pedido do Ministério Público do Mato Grosso O Tribunal de Justiça de Mato Grosso suspendeu a realização da Festa do Peão, um festival de música sertaneja que seria realizado em Peixoto de Azevedo, cidade de 50 mil habitantes a 692 km de Cuiabá – capital do Mato Grosso. A decisão, divulgada nesta sexta-feira (15/8), atendeu a um pedido do Ministério Público estadual, que apontou possível ilegalidade e falta de razoabilidade no uso de R$ 2,2 milhões para a realização do evento. Segundo a promotoria, cerca de 75% desse valor seria destinado ao pagamento de artistas nacionais. De acordo com a denúncia divulgada pelo Metrópoles, o festival estava marcado para ocorrer entre 27 e 31 de agosto. A programação contaria com apresentações de Zezé Di Camargo, que receberia R$ 500 mil, e Naiara Azevedo, com cachê de R$ 400 mil. Também estavam escalados Cleber & Cauan (R$ 270 mil), Humberto & Ronaldo (R$ 233 mil), Wesley & Conrado (R$ 120 mil) e Serginho Pinheiro (R$ 50 mil). Município tem déficit orçamentário O Ministério Público argumentou que o município tem menos de 50 mil habitantes e apresentou déficit orçamentário no primeiro semestre, tornando o gasto incompatível com a situação financeira da cidade. A ação também aponta que a prefeitura firmou convênio com a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT) para receber R$ 2 milhões, com contrapartida de R$ 200 mil. De acordo com a Lei Estadual nº 12.082/2023, o repasse máximo para eventos desse tipo é de R$ 600 mil, salvo autorização expressa do governador, que não foi apresentada. O MP questionou ainda a origem da contrapartida e a viabilidade do evento diante do desequilíbrio fiscal enfrentado pelo município. O espaço segue aberto para posicionamentos, declarações e atualizações das partes citadas, que queiram responder, refutar ou acrescentar detalhes em relação ao que foi noticiado.
STF marca para 2 de setembro julgamento de Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado
Foto: Divulgação O ex-presidente Jair Bolsonaro é apontado pela PGR como o principal articulador das ações que visavam a ruptura do estado democrático de direito O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal, marcou para o dia 2 de setembro o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) e de mais sete réus no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado. O pedido para a inclusão do caso na pauta foi feito pelo relator, o ministro Alexandre de Moraes. Nas sessões, serão julgados os réus do chamado ‘núcleo crucial’ da trama golpista. O grupo reúne os integrantes da suposta organização criminosa denunciada pela Procuradoria-Geral da República. Bolsonaro é apontado pela PGR como o principal articulador das ações que visavam a ruptura do estado democrático de direito. A defesa do ex-presidente Bolsonaro afirma que não há provas concretas da participação dele na tentativa de golpe.