O Ministério da Justiça publicou nota criticando a postura dos EUA na deportação de brasileiros Através de nota oficial publicada neste sábado (25/1), o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que o titular da pasta, Ricardo Lewandowski, comunicou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre “uma tentativa de autoridades dos Estados Unidos de manter cidadãos brasileiros algemados durante o voo de deportação para o Brasil”. A pasta informou ainda que o voo tinha como destino o Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, mas precisou fazer um pouso de emergência, na noite desta sexta-feira (24/1), em Manaus (AM), devido a problemas técnicos. Segundo nota, por orientação de Lewandowski, a Polícia Federal recepcionou os brasileiros e determinou às autoridades e representantes do governo norte-americano a imediata retirada das algemas. Desrespeito“O ministro destacou ao presidente o flagrante desrespeito aos direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”, afirma o Ministério na nota oficial, que também afirmou que, ao tomar conhecimento da situação dos brasileiros, “Lula determinou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fosse mobilizada para transportar os brasileiros até o destino final, de modo a garantir que possam completar a viagem com dignidade e segurança.” A FAB informou, neste sábado (25/1), que uma aeronave KC-30 foi destacada, após solicitação do governo federal, para prestar apoio a passageiros deportados procedentes dos Estados Unidos que aguardam o término de seu traslado em Manaus – do Amazonas. A aeronave, segundo a FAB, decolou da Base Aérea de Brasília às 13 horas, com pouso previsto para 14h30 no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na capital amazonense. “O Ministério da Justiça e Segurança Pública enfatiza que a dignidade da pessoa humana é um princípio basilar da Constituição Federal e um dos pilares do Estado Democrático de Direito, configurando valores inegociáveis”, afirma a nota. Segundo a Casa Branca – sede do Governo dos Estados Unidos da América (EUA) as autoridades americanas já prenderam 538 imigrantes ilegais de diferentes nacionalidades e deportaram “centenas” desde o início do novo mandato de Trump.
Brasileiros algemados em voo dos EUA: ministro pede retirada
Quem quer ser um bilionário?
Nunca foi tão fácil! p/ Tatiana Dias – Intercept Brasil Não sei vocês, mas eu gastei bons minutos vendo as fotos dos bilionários das big tech alinhados, em traje de gala, na posse de Donald Trump. Naquela foto, mesmo que não dê para enxergar, estão bilhões e bilhões de dólares (trilhões?), assim como as vidas de bilhões e bilhões de pessoas pelo mundo. Olhei para seus rostos e sorrisos cínicos. São os sorrisos de quem está arrastando a humanidade para o colapso. Um relatório muito oportuno da Oxfam, também lançado nesta semana, traz muitas evidências sobre o que há por trás daqueles rostos felizes. Nunca foi tão fácil ser um bilionário – para quem já chegou lá. Quanto pior o mundo, melhor para os poucos super-ricos que sentam em cima da população mundial. Foi assim na pandemia e está acontecendo de novo: de um ano para cá, surgiram 204 novos bilionários no mundo. E eles estão enriquecendo três vezes mais rápido do que em 2023: US$ 2 milhões por dia, em média. Nesse ritmo, o planeta caminha para ter não apenas um, mas cinco trilionários em uma década. Enquanto isso, destaca o relatório, o número de pessoas que vivem na pobreza pelo mundo praticamente não mudou. O relatório também aborda o quanto essa elite financeira é, também, herdeira do colonialismo, e ajuda a perpetuar relações de poder e desigualdade entre os países. Segundo o relatório, o 1% mais rico do Norte Global extraiu US$ 30 milhões por hora do Sul Global em 2023. Embora essa elite financeira venda a ideia de que qualquer um pode chegar lá e o que vale é a meritocracia – um conceito repetido à exaustão por Trump –, a verdade é que o dinheiro dessas pessoas vem, em sua maioria, de heranças, corrupção, monopólios ou conexões com a realeza. Nada de novo no front. O colonialismo digital – que se materializa na imagem dos bilionários de tecnologia alinhados a Trump – é um dos pilares dessa nova exploração colonial, aponta a Oxfam. “Ao controlar o ecossistema digital, as grandes empresas de tecnologia controlam as experiências mediadas por computador, o que lhes dá poder direto sobre os domínios político, econômico e cultural da vida”, diz o texto. Apesar de defenderem a liberdade e o livre mercado, a verdade é que essa indústria é marcada por monopólios – basta lembrar que o Google domina 90% do setor de buscas – e vive de transformar a vida das pessoas em dinheiro, com múltiplas violações de privacidade e outros direitos no caminho. “O setor de Big Tech é fundamental para novas formas de colonialismo econômico e extrema desigualdade no século 21″, diz a Oxfam. De forma cruel, essas várias formas de exploração dos mais pobres acontecem ao mesmo tempo em que a indústria e seus CEOs prometem e materializam promessas de enriquecimento e ascensão social por meio da tecnologia. O Brasil já utiliza IA generativa mais do que a média mundial. O presidente do Google no Brasil, Fábio Coelho, diz que essa adesão dócil do brasileiro à IA é “inspiradora”. Eu acho extremamente preocupante. Enquanto entubam as últimas novidades buscando extrair ao máximo de populações marcadas pela pobreza, informalidade e escolaridade baixa em países como o Brasil, essas empresas também minam qualquer possibilidade de resistência ou de imaginação de realidades alternativas. Presos nas telas 24/7, ficamos anestesiados. Temos sempre a sensação que falta tempo, enquanto o mundo social se fragmenta, como descreve o filósofo Jonathan Frazer no excelente e deprimente livro “Terra Arrasada” (editora Ubu). “É notável que, em um momento de perigos sem precedentes para o futuro do planeta e para a própria sobrevivência de humanos e animais, tantas pessoas optem por se confinar voluntariamente em armários digitais dissecados e concebidos por um punhado de corporações sociocidas”, ele escreve. E sentencia: “rotas para um mundo diferente não serão encontradas nas ferramentas de busca da internet”. A juventude não tem espaço para criar e imaginar um outro futuro: no lugar disso, as possibilidades são a aceleração do sistema em curso. “A prioridade é sabotar a possibilidade de uma juventude potencialmente rebelde e, a fim de ocultar um futuro sem empregos em sem planeta, aposta-se na ficção tétrica de uma geração que aspira virar ‘influencer’, fundadora de startups, ou que de algum modo se alinha com os valores embotados do empreendedorismo”. Com a monetização de absolutamente tudo, as redes sociais – ou melhor, as empresas dos amigos do Trump – prometem a possibilidade de riqueza, materializada pelos homens bem-sucedidos que vendem o discurso meritocrático. “Mas a realidade da internet está em sua eficiência em canalizar os minúsculos ativos de muitos em direção à carteira de investimentos de uma elite de poucos”, sintetiza Frazen, bem antes que os bilionários hi-tech saíssem do armário abraçando o sociopata que chegou à Casa Branca. A crise não é sobre as big tech; elas materializam a crise do capitalismo contemporâneo. “É mais fácil imaginar o fim do mundo do que o fim do capitalismo”. A célebre frase que intitula a edição brasileira de “Realismo Capitalista” (Autonomia Literária), do filósofo Mark Fisher, ajuda a explicar. Fisher explica como o capitalismo se introjetou nos nossos inconscientes, na cultura, no modo de pensar e ver o mundo, de tal forma que se torna uma realidade quase indiscutível. Nós não construímos alternativas porque nem sequer conseguimos imaginá-las. O capitalismo engole tudo. A maneira como o discurso ambiental foi apropriado por empresas que violam direitos indígenas para ganharem dinheiro vendendo créditos de carbono é um exemplo. Permanecer no X depois da saudação nazista de Elon Musk porque, bem, não consegue sair ou todo mundo está lá, também. O realismo capitalista faz com que fiquemos com uma sensação de derrota, como se não houvesse escapatória. Transposto para a tecnologia, esse realismo de plataforma, como chamou o artista e pesquisador Ben Grosser, funciona mais ou menos da mesma forma. É como se não houvesse saída. O sistema é eficiente para sufocar as possibilidades alternativas, de modo que só floresçam as iniciativas
Mulher pula de carro em movimento após ser assediada por motorista de aplicativo
‘Me joguei’, disse a mulher! Uma mulher de 59 anos precisou se jogar de um carro em movimento durante uma corrida de aplicativo para fugir de uma situação de assédio, em Palmas. A vítima estava a caminho do trabalho quando recebeu comentários impróprios por parte do motorista. Ela contou que no momento só pensou em uma saída para escapar de um possível abuso: “Ele teve que reduzir a marcha para entrar em uma rotatória e nesse momento eu me joguei do carro”. O caso aconteceu na manhã do dia 15 de janeiro deste ano. A vítima, que preferiu não se identificar, contou que no momento que entrou no carro, o motorista não falou com ela. Mas em dado momento, quando passavam pela quadra 503 Sul, ele começou a observá-la e fazer os comentários. “Mas de uma forma inesperada essa cara vira para trás, move o braço para trás, com uma cara de intimidade e com um sorriso horrível, e falou algo sobre minha aparência e sobre uma determinada parte do meu corpo com uma cara nojenta”, relembrou, afirmando que ele falou das unhas dela, que ela estava bonita e até tentou tocá-la. A mulher disse que pediu para ele parar o veículo, inclusive o repreendendo pela abordagem e comentários, mas o homem se recusou. Nesse momento ela percebeu que ele desviou da rota que seguiria para o trabalho dela. Movida pelo medo do que poderia acontecer em seguida, ela resolveu que tinha que sair daquele veículo de alguma forma. “Nesse momento eu entendi que se eu não me jogasse do carro poderia ser abusada. Então abri o carro, pedi socorro para as pessoas que passavam e ninguém me ajudou. Ele teve que reduzir a marcha para entrar em uma rotatória e nesse momento eu me joguei do carro”, contou. A mulher disse que o motorista não parou quando ela caiu do carro. Segundo ela, ele aumentou a velocidade e fugiu do local. OcorrênciaNa queda, a mulher machucou a coluna e um dos braços. Depois dessa situação que deixou traumas para vítima, ela procurou a Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM – Palmas – Tocatins) e devido à natureza criminal, de importunação sexual, as investigações correm sob sigilo. A vítima também procurou a empresa responsável pela plataforma do serviço de transporte de aplicativo para relatar a situação. Segundo ela, a empresa ofereceu suporte caso precisasse de atendimento médico na rede particular. Entretanto, ela recebeu a informação de que o motorista só seria bloqueado após a empresa analisar a situação. “Por mais que eu tivesse mandado o boletim de ocorrência, eles precisavam ter certeza do acontecido. Isso eu acho muito sério”, disse. “Vejo que estamos em um tempo onde muitas mulheres estão sendo assediadas por motoristas de aplicativo. Depois do que me aconteceu, descobri que isso a comum”, lamentou a vítima. A Uber informou ao g1 que não conseguiu localizar o caso, pois a cliente não forneceu os dados do motorista. Casos registradosDe acordo com a Secretaria de Segurança Pública, em 2024 foram registrados 52 casos de assédio sexual e 300 de importunação sexual no Tocantins. Uma das orientações para ofertar mais segurança aos passageiros que recorrem aos carros de aplicativo é usar as ferramentas da plataforma, como o compartilhamento da rota e a conferência das informações do veículo e do motorista, conforme orientou a delegada Fernanda de Siqueira. “Se ela perceber alguma conduta inadequada, algum comentário inadequado por parte do motorista ela pode reportar diretamente para o aplicativo, pode acionar alguém de sua segurança, ou até mesmo ligar para o 190 e acionar a Polícia Militar, que pode ir até esse veículo”, detalhou a delegada. Além das dicas, a orientação é confirmar se a corrida foi finalizada no aplicativo. Em qualquer problema, deve-se registrar o boletim de ocorrência, assim como fez a mulher vítima de importunação. “A polícia tem ferramentas de investigação, hoje a gente tem uma legislação que dá respaldo para as formas de investigação para conseguir desvendar a autoria e comprovar a materialidade desse delito”, completou a delegada Fernanda de Siqueira.
Caiado entrega em Goiânia, a reforma do Terminal Novo Mundo
Estrutura passou por revitalização completa e ampliação após 20 anos sem intervenções de grande porte; investimento do Governo de Goiás de R$ 18,5 milhões. Também foram entregues 55 novos ônibus para o transporte coletivo Dando continuidade aos investimentos do Governo de Goiás no transporte público coletivo da Região Metropolitana de Goiânia, o governador Ronaldo Caiado inaugurou o novo terminal do Jardim Novo Mundo, em Goiânia, na manhã desta sexta-feira (24/1). Com investimento de R$ 18,5 milhões na obra, o terminal da região Leste da capital é a primeira de uma série de entregas para o transporte coletivo no ano de 2025 e vai beneficiar mais de 40 mil passageiros por dia. “Esse é um momento muito importante da minha gestão. Quando entrei no governo, em 2019, os terminais estavam completamente destruídos. Não havia um ambiente digno para as pessoas usarem o transporte, acessarem um banheiro ou terem acesso às lanchonetes. Isso aqui era um local que não tinha segurança nenhuma. E nós recuperamos”, afirmou o chefe do Executivo goiano. Ainda de acordo com ele, todos os outros cinco terminais do Eixo Anhanguera serão reformados. Após 20 anos sem intervenções de grande porte, o espaço recebeu uma reforma completa, com revitalização das áreas de embarque e desembarque, ampliação de 5,3 mil para 6,4 mil metros quadrados e um novo estacionamento para 35 ônibus. Foram instaladas catracas inteligentes com sistema anti-evasão, portão eletrônico de acesso, novos bancos, lixeiras, bebedouros e sanitários, além de escadas, rampas, piso tátil, comunicação em braile e iluminação de LED. “Nosso objetivo, no final das contas, é o cidadão. Com toda essa qualidade, queremos atrair mais pessoas para o transporte coletivo. Na sua origem, ele já teve o dobro do número de passageiros que tem hoje. Tudo que está sendo investido não é só para um resgate, mas para transformar o serviço na Região Metropolitana de Goiânia em referência mundial”, disse o titular da Secretaria-Geral de Governo (SGG), Adriano da Rocha Lima. O novo terminal possui monitoramento 24 horas por meio de 36 câmeras de segurança ligadas à Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP). Para maior comodidade dos passageiros, foram instalados painéis informativos que oferecem a previsão do tempo de chegada dos ônibus em tempo real e os itinerários das linhas. Já os comerciantes que vendiam produtos no local contam agora com um Centro Comercial Popular, com capacidade para abrigar até 84 permissionários. Tudo isso, lembrou o governador, sem reajuste no valor da passagem para o usuário. “Desde que sou governador, em parceria com os prefeitos, nós asseguramos aqui na capital o preço da passagem em R$ 4,30. São seis anos sem reajuste, o que não existe em outras capitais do país. Mesmo com toda a inflação, com todo o processo da Covid-19, com todas as dificuldades que tivemos nos últimos anos, nós mantivemos o valor para o passageiro em R$ 4,30.” Novos ônibus Durante a solenidade, foram entregues ainda 55 novos ônibus padrão Euro 6 para o transporte coletivo. Esses veículos, que são movidos a diesel e geram menos gases poluentes, entram em operação imediatamente. “Estamos em uma transformação profunda do transporte coletivo em Goiás. É compromisso do governador. Até 2026, todos os ônibus serão trocados. E é isso que a população quer”, pontuou o vice-governador, Daniel Vilela.]
Ex-secretário de Saúde de Goiânia se apropriou de mais de R$ 7 milhões, diz TCM
Durval Pedroso deverá responder por apropriação indébita de depósitos O ex-secretário de Saúde de Goiânia, Durval Pedroso (foto) foi apontado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) como responsável por irregularidades na gestão. Segundo os documentos, mais de R$ 7,2 milhões do Fundo Municipal de Saúde não foram repassados entre 2021 e 2022. O fundo é destinado à compra de remédios, pagamento de funcionários e prestadores de serviço do Sistema Único de Saúde (SUS). Durval Pedroso ocupou o cargo de secretário de Saúde entre 2021 e setembro de 2023, durante o início da gestão do então prefeito Rogério Cruz. O g1 entrou em contato com ele, mas não houve retorno até a última atualização da reportagem. As contas de 2022 e 2023 foram reprovadas pelo Conselho Municipal de Saúde (CMS), segundo publicação no Diário Oficial do Município de quinta-feira (16). Já as contas de 2021 foram aprovadas com ressalva. Em 2021, o texto destaca que, das 157 metas estabelecidas em 7 diretrizes, 68 foram cumpridas, 52 parcialmente cumpridas e 89 não alcançadas. Com isso, a eficácia da SMS foi de 43,31%, enquanto 56,68% das metas ficaram pendentes. No entanto, o texto ressalta que o ano foi marcado por momentos mais críticos relacionados à pandemia da Covid-19. Em 2022, somente 43,31% das metas foram executadas, com o orçamento executado alcançando 84,81% do previsto. Isso corresponde a R$ 1, 3 milhão de um total estimado em R$ 1, 6 milhão, dos quais R$ 61, 6 mil não repassados. Já em 2023, R$ 7, 1 milhões deixaram de ser repassados, conforme dados do TCM. Justificativas para as divergências não foram apresentadas. Foi solicitada a abertura de uma auditoria pelo Departamento Nacional de Auditoria do SUS para identificar possíveis não conformidades não detectadas pela Comissão Intersetorial de Orçamento e Financiamento (Cofin). O ex-secretário deverá responder por apropriação indébita de depósitos.
Caiado lança mutirão contra dengue em parceria com as prefeituras de Goiânia e Aparecida
Força-tarefa tem como objetivo combater os focos do mosquito Aedes aegypti nas duas maiores cidades do estado. Em alerta, Goiás já notificou 2.461 casos da doença este ano A batalha contra a dengue será implacável nas duas maiores cidades de Goiás. Foi o que assegurou o governador Ronaldo Caiado, nesta sexta-feira (24/1), durante mutirão de limpeza lançado pelo governo estadual em parceria com as prefeituras de Goiânia e Aparecida de Goiânia. “Essa junção de forças tem resultado multiplicador para a melhoria de vida das pessoas”, celebrou o chefe do executivo goiano em evento realizado no Centro de Artes e Esportes (CEU) do Parque Flamboyant, na divisa dos dois municípios. Caiado lembrou que o Governo de Goiás tem intensificado as ações de combate ao Aedes aegypti em todo território goiano. “Estamos distribuindo bomba costal, medicamentos para hidratação e controle do quadro febril, inseticidas. O Estado está ativo e com ação direta”, garantiu o governador, que também é médico. No caso específico de Goiânia e Aparecida, cidades mais populosas, haverá uma somatória de forças para garantir “resultados práticos”. “Goiânia e Aparecida têm 26 quilômetros de divisa. Vamos trabalhar por toda extensão, cuidando da população, numa ação integrada”, pontuou o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel. Já o prefeito de Aparecida, Leandro Vilela, classificou o mutirão intermunicipal como o resultado de uma parceria que deu certo. “E o Governo de Goiás está nos ajudando intensamente nessa força-tarefa”, afirmou. “Temos de dar o exemplo, e hoje acontece exatamente isso. É algo simbólico para despertar a atenção da população”, salientou o vice-governador Daniel Vilela. Até o fim do mês, equipes das prefeituras farão a remoção de lixo, entulho, roçagem e outras ações de limpeza urbana. Paralelo a isso, agentes comunitários de saúde farão visitas domiciliares, com orientações sobre o combate ao mosquito. Moradores das duas cidades receberão informações sobre os locais de atendimento de saúde e a importância de realizar o tratamento da doença de forma correta. A casa da arquiteta Fátima Profeta foi a primeira a receber a visita técnica, nesta manhã. Ela mora na região há 45 anos, e faz sua parte para cuidar da saúde de sua família e de toda a comunidade. “Tenho uns pratinhos [de planta] ali, mas é tudo sequinho. Não deixo encharcar com água”, contou a mulher cujo marido já contraiu dengue duas vezes. “Os vizinhos têm que fazer a parte deles também”, pediu. Mais ações no mutirão Além do combate à dengue, o Governo de Goiás oferece, ao longo do dia, alguns serviços na estrutura montada no CEU do Parque Flamboyant, como ações em parceria com a empresa Equatorial; distribuição do Mix do Bem, além de Kit Enxoval, atendimento a gestantes e famílias em situação de vulnerabilidade por meio da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG). Em Goiânia, haverá a oferta de serviços em outras áreas, como manutenção da sinalização de trânsito, cadastramento no CadÚnico e ações preventivas de saúde, como consultas médicas, vacinação e testagem para doenças, além de oferta de vagas de emprego, inscrições para cursos de qualificação profissional, atendimento para telematrícula, Bolsa Família, dentre outras ações. Já em Aparecida, a prefeitura faz o recapeamento de bairros da região e realiza mutirão de atualização do CadÚnico. Cenário estadual Goiás já notificou 2.461 casos de dengue somente este ano e as autoridades de saúde estão percebendo o avanço da circulação do sorotipo 3, que possui potencial de provocar casos graves da doença. Atualmente, 16 cidades goianas estão em alerta devido à alta incidência, o que levou as autoridades estaduais a ampliar o suporte às prefeituras e aprimorar o monitoramento dos dados referentes ao cenário epidemiológico. O secretário de Estado da Saúde, Rasivel dos Reis, lembrou que além da dengue, o mosquito transmite chikungunya, zika vírus e febre amarela. “É um mal que precisa ser combatido. O poder público está fazendo um grande esforço e precisamos que toda comunidade participe. A dengue é uma doença prevenível e não podemos ter mortes evitáveis em pleno século 21”, concluiu.
Após encontrar dívidas de R$ 300 milhões, novo prefeito de Palmas cancela carnaval
“Não vamos fazer o Carnaval, tão pouco o Capital da Fé. Não temos condições de fazer nenhum dos dois. Ninguém vai protestar diante do quadro que temos”, afirmou Eduardo Siqueira Campos O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira Campos (Podemos), anunciou nesta quarta-feira, 22, que não haverá a realização do Carnaval nem do evento “Capital da Fé” em 2025. A decisão foi comunicada durante uma reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS) e está ligada a um cenário financeiro adverso enfrentado pela prefeitura, que deve encerrar o levantamento de uma dívida estimada em cerca de R$ 300 milhões até o final deste mês. Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o prefeito citou a falta de recursos como um dos principais fatores para o cancelamento das festividades. Entre os exemplos apresentados, Siqueira Campos destacou o atraso de três meses no pagamento das empresas responsáveis pela coleta de lixo e pelo transporte público. “Não vamos fazer o Carnaval, tão pouco o Capital da Fé. Não temos condições de fazer nenhum dos dois. Ninguém vai protestar diante do quadro que temos”, afirmou. O prefeito também reiterou que, diante da situação fiscal, não seria viável priorizar gastos com eventos enquanto áreas essenciais da administração municipal estão com recursos comprometidos. “Não conseguiria ordenar minha despesa nesta direção sabendo o que está acontecendo em áreas primordiais, essenciais. […] Não é questão de posicionamento de esquerda, de direita, de qualquer coisa política. Quero dizer que pretendo deixar o que é público à frente da gestão dos homens”, declarou.
“Preso político”: Bolsonaro afirma ser perseguido e pede ajuda a Trump
Advogados analisam últimas declarações do ex-presidente após ele não conseguir viajar para os EUA Após ter o pedido para ir à posse de Trump negado pelo ministro Alexandre de Moraes, Bolsonaro assistiu ao evento pela TV, chorou durante o discurso do republicano, e declarou em entrevista a uma rádio, viver com a sensação da PF batendo à sua porta, como se fosse uma pessoa perseguida pelo judiciário. Mas afinal, o ex-presidente Bolsonaro é um preso político? Instituições internacionais definem preso político como uma pessoa que é detida ou encarcerada devido às suas ideias, opiniões, atividades ou afiliações políticas, religiosas, ou ideológicas, em vez de ações que violem diretamente a lei ou representem perigo claro e comprovado à sociedade. Especialistas em direito constitucional esclarecem que essa definição pode variar conforme o contexto, mas geralmente inclui situações relacionadas à motivação política, processo jurídico irregular e discriminação política, o que não é o caso do ex-presidente Bolsonaro. “A legitimidade das investigações e processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro ou qualquer pessoa pública depende da observância de princípios fundamentais do Estado de Direito, como a legalidade, a imparcialidade e o devido processo legal”, destaca o advogado eleitoral Wallyson Soares. A Polícia Federal indiciou 37 pessoas pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Entre os citados estão Bolsonaro, ex-ministros de seu governo, oficiais do Exército e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Apesar de alegar ser vítima de perseguição, o ex-presidente enfrenta sérias acusações e processos robustos. “As investigações em questão tratam de temas sensíveis, como ataques ao sistema eleitoral e participação ou omissão em atos golpistas. A relevância desses temas exige uma apuração rigorosa, por envolverem potenciais crimes contra a democracia, e até agora o que se observou, foi um trabalho feito com muita seriedade pela polícia.”, afirma Samuel dos Anjos, advogado especialista em direito penal. Organizações como a Anistia Internacional frequentemente monitoram e denunciam casos de presos políticos, buscando distinguir entre detenções legítimas por crimes e aquelas que violam os direitos humanos e a liberdade de expressão. Após as declarações do ex-presidente a uma rádio bolsonarista, seguidores nas redes sociais passaram a tratar o indiciamento de Bolsonaro como perseguição política, insinuando que ele seria um preso político. “Embora a existência de um contexto político possa gerar percepções de perseguição, isso não invalida automaticamente uma investigação. No entanto, investigações politicamente motivadas, sem base em provas concretas, podem ser questionadas e classificadas como abusivas. No entanto, é preciso destacar que o caso em questão tem como respaldo uma investigação longa e que revelou uma série de ações, reuniões secretas, e até a produção de uma minuta de um decreto que justificaria ações golpistas, o que é gravíssimo.”, conclui Wallyson Soares.
Caiado destaca qualificação da PM goiana na formatura de 105 novos cadetes
Oficiais vão ocupar postos de comando, gestão e liderança na corporação. Governador ressalta redução de 36% na letalidade policial em Goiás A qualificação técnica dos membros da Polícia Militar foi celebrada pelo governador Ronaldo Caiado nesta quinta-feira (23/1) durante a formatura da 47ª Turma do Curso de Formação de Oficiais – Aspirantes 2025 da Polícia Militar de Goiás (PMGO). O evento marcou a conclusão do treinamento de alto nível para 105 novos cadetes da corporação. “Essa é a diferença da PM de Goiás, cada vez mais capacitada para garantir a segurança da população. Temos os batalhões mais bem preparados do Brasil”, comemorou o chefe do Executivo goiano. Aos formandos, Caiado ressaltou que o Estado é mais forte quando a polícia está capacitada e equipada. “A PMGO se preocupa em qualificar militares, preparar a corporação para que cada um dos integrantes possa levar tranquilidade e paz à população”, sublinhou. Em seguida citou dados do Ministério de Segurança Pública e Justiça, apontando que nos últimos três anos, Goiás teve uma redução de 36% na letalidade policial. Apenas em 2024, as mortes em intervenções policiais caíram 25%, passando de 517 casos em 2023 para 387. O levantamento do MJSP mostra Goiás como um dos poucos estados a apresentar resultado positivo, enquanto dez outras unidades da federação registraram crescimento do número de mortes. “Quando se tem a segurança implantada, em condição para os policiais trabalharem, não tem agressividade do crime e o resultado é a segurança e a baixa letalidade. Este é o caminho a ser seguido em nosso país e Goiás dá exemplo”, garantiu Caiado. Esta é uma das maiores turmas de aspirantes da história da PMGO. Com o encerramento do curso, amplia o quadro de oficiais da polícia goiana, com profissionais treinados para assumir postos de comando, gestão e liderança. “Chegamos a uma condição de referência, mas o Estado não pode parar. Tem de formar sempre bons profissionais, de maneira moderna, atualizada, o que é feito pela nossa academia da Polícia Militar”, concluiu o vice-governador Daniel Vilela. A formação incluiu pela primeira vez três cursos especializados: Operações de Inteligência, Instrutor de Tiro e Comunicação Social, garantindo que os novos oficiais estejam prontos para atuar em diversas frentes. “Foi um período de intensa preparação física e mental. A formação e o treinamento de alto nível são um reflexo da política do Governo de Goiás de valorizar a segurança pública,” acrescentou o comandante-Geral da PM, Coronel Marcelo Granja. Em breve, os cadetes recém-formados estarão em operação nos 246 municípios goianos. “Foi um curso intenso de quase dois anos e agora, junto com a tropa, vamos coordenar o trabalho de combate à criminalidade em todo estado” , salientou o aspirante a oficial, Matheus Gonçalves.
Retirado o carro que ficou preso em fenda da ponte durante desabamento
Dois caminhões também foram retirados do local. Os veículos estavam há um mês parados na ponte após o desabamento do vão central Carros e caminhões foram retirados da parte que restou da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. A ação foi realizada na manhã desta quinta-feira (23/1). As estruturas que ficaram em pé após o desabamento, em dezembro de 2024, devem ser demolidas no início de fevereiro. A queda da ponte deixou 14 pessoas mortas e três estão desaparecidas. Um dos veículos retirados é o carro em que estava Laís Lucena, o esposo e a cunhada. O automóvel ficou preso em uma fenda que abriu durante a queda do vão da ponte. Laís contou que no dia do acidente viu os veículos desabarem junto com a estrutura. O esposo não conseguiu dar ré porque o carro enganchou em uma das rachaduras. Logo depois eles deixaram o carro no local, onde ficou durante um mês. Segundo o DNIT, a retirada dos caminhões e do carro foi possível após aterro do encabeçamento da ponte e uso de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) para viabilizar a passagem veículos. Demolição da ponteA implosão das estruturas remanentes da ponte deve acontecer no dia 2 de fevereiro deste ano, segundo o Ministro dos Transportes, Renan Filho. Na quarta-feira (22), equipes de técnicos iniciaram as perfurações que irão servir para colocar os explosivos. A informação foi confirmada pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) O Departamento já havia informado que para a construção da nova estrutura seria preciso demolir o restante da ponte. A ação só poderia dar andamento quando todos os veículos fossem retirados. Queda de ponteNo desabamento da ponte caíram no rio Tocantins três motos, um carro, duas caminhonetes e quatro caminhões, sendo que dois deles carregavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e outro 22 mil litros de defensivos agrícolas. O acidente aconteceu no dia 22 de dezembro de 2024. Segundo o DNIT, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda está sendo investigada, de acordo com o órgão. A Polícia Federal também abriu uma investigação para apurar a responsabilidade da queda da estrutura. Passado um mês do acidente, equipes da Marinha do Brasil e dos bombeiros seguem as buscas para tentar encontrar Salmon Alves Santos, de 65 anos e Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos, avô e neto, e Gessimar Ferreira da Costa, de 38 anos. Mas os mergulhos no Rio Tocantins estão suspensos devido à abertura das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, segundo os bombeiros. No dia 10 de janeiro, foi publicado no Diário Oficial da União a contratação da empresa PIPES Empreendimentos LTDA, no valor de R$ 6.405.001,97, que vai fazer a travessia entre as margens do rio. Segundo o termo, o contrato vale por um ano, contados a partir do dia do acidente, em 22 de dezembro de 2024. Até esta quarta-feira (22/12), as balsas ainda não começaram a operar. O momento em que estrutura cedeu foi registrado pelo vereador Elias Junior (Republicanos). Em entrevista ao g1, ele contou que estava no local para gravar imagens sobre as condições precárias da ponte. Quem são as vítimas?No desabamento um homem de 36 anos foi resgatado com vida, 14 pessoas morreram e três ainda estão desaparecidas. Veja quem são as vítimas encontradas: Na terça-feira (24/12), o corpo de Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos, foi encontrado no rio, segundo os bombeiros do Maranhão. Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, com origem em Dom Eliseu, Pará.Por volta das 9 horas, também foi achado o corpo de Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas.Ainda na terça-feira (24/12), por volta das 11h20, o corpo de Andreia Maria de Souza de 45 anos foi encontrado. Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico. No domingo (22/12), o corpo de Lorena Ribeiro Rodrigues de 25 anos foi localizado. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que ela é natural de Estreito (MA), mas morava em Aguiarnópolis (TO).Um homem de 36 anos foi encontrado com vida por moradores e levado ao hospital de Estreito.Na quarta-feira (25/12), foram localizados os corpos de Anisio Padilha Soares, de 43 anos, e de Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos. Na manhã de quinta-feira (26/12), mergulhadores localizaram dois corpos dentro de um veículo no fundo do rio. Um dos corpos é de Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos, e foi resgatado na sexta-feira (27), após se desprender e aparecer na superfície no rio. O segundo corpo é de Ailson Gomes Carneiro, de 57 anos, e foi resgatado por mergulhadores na manhã de domingo (29/12). Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos, teve o corpo foi localizado no final da tarde de quinta-feira (26) fora da área de mergulho, a aproximadamente 16 km do local do desabamento.Dois corpos foram encontrados dentro de um veículo voyage branco no fundo do rio no domingo (29). As vítimas foram retiradas na noite de terça-feira (31/12) e identificadas como Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos, e a filha Cecília Tavares Rodrigues, de 3 anos. Elas são esposa e filha do homem que foi resgatado com vida. Durante as buscas de domingo (29/12), Beroaldo dos Santos, de 56 anos, foi localizado em uma cabine de um caminhão. A vítima foi retirada da água no fim da manhã de quarta-feira (1º/1/2025). Na manhã de sexta-feira (3/1), o corpo de uma mulher foi encontrado no rio Tocantins. Ela foi identificada como Alessandra do Socorro Ribeiro, de 40 anos, natural de Palmas, no Tocantins. A identificação foi realizada em São Luís por meio de exame de DNA, realizado pelo Instituto de Análise Forense (IGF). Por volta das 10h25 de sábado (4/1), o corpo de Marçon Gley Ferreira foi encontrado no rio Tocantins.


