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Celso Amorim também afirmou, durante entrevista à GloboNews, que o gelo foi quebrado e o “respeito mútuo restabelecido”. Amorim ressaltou que tudo ainda está nos “primeiros passos”
O assessor para Assuntos Internacionais do presidente Lula (PT), Celso Amorim, declarou sábado (18/10) que a relação do Brasil com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, demanda “realismo” e “cautela”. Celso Amorim também afirmou, durante entrevista à GloboNews, que o gelo foi quebrado e o “respeito mútuo restabelecido”. Amorim ressaltou que tudo ainda está nos “primeiros passos”. “Estou otimista, mas com realismo e cautela. O gelo foi quebrado. E o respeito mútuo restabelecido. Isso é importante. Mas são apenas os primeiros passos”, disse Celso Amorim. Em um encontro marcado por cordialidade e clima de descontração, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, reuniu-se com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na Casa Branca, nesta quinta-feira (16). A conversa, que durou pouco mais de uma hora, pavimentou o caminho para um aguardado encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, previsto para ocorrer em novembro. Diferentemente das previsões alarmistas disseminadas por setores do bolsonarismo, que apostavam num cenário de tensão diplomática, o diálogo transcorreu em um ambiente de respeito mútuo.
Fortalecimento
Declarações inflamadas, como as do deputado Eduardo Bolsonaro e do foragido Paulo Figueiredo, que sugeriam um embate inevitável entre os dois países, foram desmentidas pelo tom positivo da reunião. Segundo fontes próximas, Vieira e Rubio demonstraram disposição para fortalecer a relação bilateral, com ambos os lados mantendo uma postura serena e colaborativa. Durante o encontro, que contou com a participação de assessores na maior parte do tempo, os dois líderes diplomáticos discutiram de forma geral os próximos passos para a aproximação entre Brasil e EUA. Por cerca de 20 minutos, Vieira e Rubio falaram a sós, reforçando o clima de confiança. Embora nenhum acordo ou decisão específica tenha sido firmado, ficou acertado que as equipes de ambos os países trabalharão para identificar prioridades e interesses a serem abordados no futuro encontro presidencial. A reunião ocorre em um contexto de atenção especial devido às recentes tarifas de 50% impostas pelo governo Trump a produtos brasileiros, medida que gerou debates no Brasil. Ainda assim, o diálogo de quinta-feira (16/10) é visto como mais um passo na distensão das relações entre os dois governos, especialmente após o recente telefonema entre Lula e Trump. Realizado a portas fechadas, o encontro não foi acompanhado pela imprensa, mas foi descrito por interlocutores como um marco de reaproximação, sinalizando um futuro promissor para a cooperação entre as nações, algo bem diferente da bobajada alardeada pelo bolsonarismo.