Ronaldo Caiado, governador de Goiás — Foto: Reprodução/Youtube CBN Goiânia
Durante o período de internação, o governador manteve-se estável e sem novos episódios de fibrilação atrial. Caiado ficou internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), recebeu alta na quarta-feira (26/11) após ficar internado para tratar uma arritmia cardíaca. Segundo boletim médico, o governador manteve-se estável e sem novos episódios de fibrilação atrial durante o período de internação que ocorreu no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. O governador segue em acompanhamento médico. Ronaldo Caiado foi internado em São Paulo na tarde de sábado (22/11) após apresentar uma arritmia no coração. A internação ocorreu no mesmo dia em que o governador se pronunciou sobre a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No boletim médico, a médica e amiga do governador há mais de 10 anos, Ludhmila Hajjar, informou que os exames indicaram a necessidade de “uma ablação para correção definitiva do distúrbio do ritmo cardíaco”. Caiado tem histórico de internações por problemas no coração. Em 2019, o governador foi internado após sentir dores no peito, e chegou a passar por uma cirurgia em 2022.
Entenda o procedimento
Em entrevista à repórter Bárbara França, do g1, o professor de cardiologia da Universidade Federal de Goiás (UFG) e vice-presidente da Sociedade Interamericana de Cardiologia, Weimar Kunz Sebba Barroso, explicou como funciona o procedimento de ablação por cateter. O cardiologista explica que, antes de entender a ablação, é preciso compreender que o coração funciona como um sistema elétrico complexo, formado por uma “fiação” responsável por controlar o ritmo dos batimentos. Segundo o especialista, a ablação é considerada minimamente invasiva. Não há cortes cirúrgicos: os médicos inserem cateteres — pequenos tubos flexíveis — por vasos sanguíneos até chegar ao interior do coração. “Depois que identificamos o foco, posicionamos os catéteres e fazemos a ablação, que é literalmente eliminar esse tecido anormal que está gerando a arritmia.” A ablação pode ser curativa dependendo do tipo de arritmia, mas há casos em que ela controla o distúrbio, podendo exigir uso complementar de medicamentos”, informou o especialista.
