Just Another WordPress Site Fresh Articles Every Day Your Daily Source of Fresh Articles Created By Royal Addons

Edit Template

Chegou a hora de virar o jogo

Trump voltou ao poder, em 2024, com um discurso de guerra protecionista, tentando reverter esse quadro que colocou os Estados Unidos da América (EUA) atrás da China

Os analistas de economia, em geral, tanto na mídia de direita quanto, infelizmente, também na de esquerda progressista, na periferia do capitalismo dependente do capital externo, aprenderam, ideologicamente, que os países que acumulam superávit comercial sempre levam vantagem diante dos que fazem o contrário: os países capitalistas ricos, imperialistas, que acumulam déficit comercial. Reproduzem, com convicção, o ensinamento aprendido nos livros-texto de macroeconomia capitalista, ensinados nas escolas americanas — um equívoco fatal, como mostra a crise atual. Os pobres, que exportam suas matérias-primas, estão, essencialmente, transferindo riquezas para os ricos, enquanto estes pegam esses produtos primários, a preços baixos, industrializam-nos, agregam-lhes valor e vendem-nos como manufaturados pelo dobro ou triplo do preço aos periféricos empobrecidos, impondo-lhes a deterioração nos termos de troca, por meio de moedas valorizadas. É assim que se perpetua a dependência econômica crônica dos países subdesenvolvidos periféricos, como explicam economistas e revolucionários do primeiro mundo, entre eles Hjalmar Schacht, John Maynard Keynes, Trotsky, Lenin e Colbert, conforme destaca Lauro Campos em A crise da ideologia keynesiana (2002, Ed. Boitempo), marxista e ex-senador pelo PT-PDT — jamais lido pelos repórteres de economia formados na grande mídia conservadora tupiniquim. Schacht, em 60 anos de minha vida (Ed. 34); Keynes, em As consequências econômicas da paz (Ed. UnB); Trotsky, em Revolução e contrarrevolução na Alemanha (Ed. Sundermann); Lenin, em Imperialismo, etapa superior do capitalismo (Ed. Alfa Ômega); e Colbert, em Mercantilismo (Columbia University), dizem a mesma coisa: o colonialismo se expandiu por meio da realização de déficits comerciais no capitalismo cêntrico e de superávits no capitalismo periférico.

A ira imperialista de Trump

Hoje, o capitalismo cêntrico, a partir dos Estados Unidos da América (EUA) sob a presidência de Donald Trump, teme os próprios superávits comerciais acumulados, porque seus efeitos reversos são a desindustrialização, de um lado, e o acúmulo de dívida pública, de outro — fenômenos impulsionados pelo dólar hegemônico, relativamente valorizado e acumulador de riquezas, que levou, ao limite, à financeirização da economia global. O economista americano Paul Krugman, prêmio Nobel, e o renomado jornalista Martin Wolf, editor de economia do Financial Times, mostram-se agora (https://www.ft.com/content/ce960771-493b-422a-816d-6bfe8dcfd072?) profundamente preocupados com os rumos da economia mundial, marcados pelo confronto inevitável entre China e Estados Unidos da América (EUA). De um lado, os americanos, graças ao dólar valorizado que sustentou a hegemonia dos EUA no pós-guerra, acumularam o maior déficit comercial do planeta — causa central da desindustrialização e do avanço do endividamento público, o que gera instabilidade financeira global. De outro, a China, que realizou sua revolução e rejeitou o neoliberalismo, acumulou, em sentido oposto, o maior superávit comercial do mundo, responsável por sua expansão internacional ilimitada, impulsionada por uma moeda desvalorizada que assegura competitividade global. Trump voltou ao poder, em 2024, com um discurso de guerra protecionista, tentando reverter esse quadro que colocou os Estados Unidos da América (EUA) atrás da China. Sua arma imperial: tarifas elevadas aplicadas globalmente, como forma de “cobrar” o que julga ser um imposto justo pelo consumo americano, que permitiu aos demais países acumularem superávits — consequência que, no entanto, gerou o recuo competitivo das próprias indústrias americanas. Adversário economicamente invencível – No entanto, no caso da China — considerada por Trump o maior inimigo dos Estados Unidos —, a tentativa de impor tarifas de até 150% não surte o efeito desejado. Ao lado da desvalorização do yuan, garantida pela emissão controlada por bancos públicos, os chineses dispõem também da matéria-prima que industrializam: as terras raras, das quais a indústria americana é estruturalmente dependente. Assim, se Trump ameaça Xi Jinping com sanções elevadas, recebe retaliação equivalente quando o líder chinês suspende as exportações de terras raras processadas industrialmente para os EUA. Os americanos não conseguem viver sem elas. Afinal, como manter a vanguarda tecnológica sem as terras raras industrializadas em forma de chips, que comandam a nova economia global e substituem, paulatinamente, a energia do petróleo — poluidora e em declínio frente aos novos materiais eletroquímico-físicos que impulsionam a conectividade revolucionária da nova indústria? Brasil no mesmo barco chinês – É nesse contexto que deve ser compreendida a luta pela libertação econômica do Brasil, que também foi atingido por tarifas de 50% sobre suas exportações para os Estados Unidos — uma retaliação de Trump ao alinhamento do governo Lula com os BRICS, cujos principais sócios são China e Rússia, potências tanto no comércio quanto no setor nuclear. No caso brasileiro, Trump agiu unilateralmente, de forma ideológica, para tentar enfraquecer o presidente Lula em sua disputa política com o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado do líder americano. As tarifas comerciais elevadas foram utilizadas como arma de guerra, com o objetivo de desestabilizar o governo brasileiro. Trump ignora que o Brasil, como a China — sua aliada nos BRICS —, também possui terras raras, que poderão ser industrializadas se Lula e Xi Jinping firmarem um acordo comercial estratégico. A postura altiva e proativa demonstrada por Lula no confronto com Trump, na última semana, transformou-se em referência para um novo discurso dos BRICS, como força econômica global emergente. Lula orienta seu governo a ampliar as relações comerciais estratégicas com os chineses — um movimento impulsionado pelas ações de Trump, cujo objetivo central é modificar o regime político brasileiro e devolver Bolsonaro ao poder. Para alcançar essa meta, Trump não mede consequências: ataca a soberania nacional e investe contra o Supremo Tribunal Federal, que considera aliado do campo progressista por ter punido o ex-presidente golpista, prestes a ser julgado e preso por sua tentativa de golpe de Estado. Trump assumiu, em relação ao Brasil, a postura de um ditador, sem esconder sua intenção de recolocar Jair Bolsonaro na presidência nas eleições de 2026. Contudo, o Brasil tem força econômica. E Trump, ao tentar impor sua vontade, pode acelerar a aproximação brasileira com China e Rússia, consolidando os BRICS como o novo eixo da multipolaridade global contra o imperialismo unipolar. Chegou a hora de virar o jogo. O caminho começa com a industrialização das terras raras brasileiras, em parceria com a China, para demonstrar que o novo poder global está com quem detém as matérias-primas estratégicas — e, por meio delas, o Brasil poderá acumular superávits comerciais, afirmar sua soberania e reverter a histórica condição de dependência.

Share Article:

Considered an invitation do introduced sufficient understood instrument it. Of decisively friendship in as collecting at. No affixed be husband ye females brother garrets proceed. Least child who seven happy yet balls young. Discovery sweetness principle discourse shameless bed one excellent. Sentiments of surrounded friendship dispatched connection is he. Me or produce besides hastily up as pleased. 

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Noticias 24 Horas!

Inscreva-se para receber um boletim informativo.

You have been successfully Subscribed! Ops! Something went wrong, please try again.
Edit Template

Sobre

RB Lira Publicidade Ltda
31.246.479/0001-74

Rua R 18, Nº 50, Quadra 21, Lote 8 - Setor Oeste - Cep: 74.125-180 - Goiânia/GO
Rosimere da Silva Barros
Socio-proprietario
oknewstvweb@gmail.com
Editor Geral
Raimundo Batista Lira
DRT/GO 01280JP

Todos os direitos reservados. Copyright © PopTV News

Verified by MonsterInsights