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O norte-americano Jason Miller conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (10/8) que “não vai parar” até que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja libertado
O norte-americano Jason Miller (foto), conselheiro do presidente dos Estados Unidos da América (EUA) Donald Trump, afirmou neste domingo (10/8) que “não vai parar” até que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja libertado. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita no X (ex-Twitter) em resposta a um internauta que afirmou ser “mais importante o impeachment de Moraes do que libertar Bolsonaro”. Antes, em outra postagem, Miller havia escrito: “Libertem Bolsonaro… ou então”, em tom interpretado como ameaça, sem citar diretamente o magistrado.
Ameaça
A frase foi publicada em reação a uma reportagem do jornal O Globo, que informou que ministros do STF estariam apreensivos com a possibilidade de serem enquadrados na Lei Magnitsky, legislação norte-americana que permite sanções contra autoridades estrangeiras acusadas de violar direitos humanos. Moraes foi incluído na lista de sancionados pelos EUA em 30 de julho, medida que bloqueia bens e impede sua entrada no país. Reação do Itamaraty Em nota, o Ministério das Relações Exteriores classificou as declarações como “novo ataque frontal à soberania brasileira” e afirmou que o Brasil “não se curvará a pressões, venham de onde vierem”. A pasta também repudiou o que chamou de “ingerências reiteradas do governo norte-americano em assuntos internos” e disse se opor a “ataques falsos” contra o sistema democrático. As tensões aumentaram após a Embaixada dos EUA no Brasil republicar, no X, mensagem do vice-secretário de Estado, Christopher Landau, em que ele acusa um “único ministro do STF” de concentrar poderes para ameaçar líderes dos outros Poderes no Brasil.