Foto: Divulgação/Câmera
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) acionou a polícia nos Estados Unidos da América (USA) sexta-feira (17/10) após relatar ter se sentido ameaçado em sua residência no Texas. De acordo com o próprio parlamentar, dois homens em um carro preto, com vidros escurecidos e óculos escuros, permaneceram observando sua casa e manuseando o celular de forma suspeita. Eduardo afirmou que, ao deixar o local, o veículo deu meia-volta em vez de seguir em frente, o que reforçou sua desconfiança. O deputado chegou a fotografar o automóvel e publicou a imagem e o relato em uma rede social, mas apagou o post horas depois. Em sua publicação, ele sugeriu que, caso a ação tenha envolvido agentes estrangeiros, o episódio poderia configurar crime à luz da legislação americana. Eduardo Bolsonaro vive nos EUA desde março, onde mantém interlocução com autoridades ligadas ao ex-presidente Donald Trump.
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Já na tarde de sábado (18/10) Eduardo voltou a falar sobre o ocorrido, expondo: “Ontem, minha esposa viu um carro em uma postura incomum, quando eu não estava em casa. Ela ficou com muito medo e eu voltei às pressas para casa. Graças a Deus, depois de apuração detalhada, constatamos que não era uma ameaça a nossa família”, revelou o deputado brasileiro, foragido nos EUA. E completou: “Contudo, isso me faz pensar na extensão do mal que o regime de exceção fez e faz na minha família. Minha esposa é uma boa pessoa, nunca fez mal a ninguém, não merece viver em estado perpétuo de medo e apreensão. Ela não merece viver desconfiando de cada detalhe incomum e não corriqueiro de sua rotina. Essa é um lado de minha vida que não exponho em público, mas que marcará para sempre minha família”, disse.
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Ontem, minha esposa viu um carro em uma postura incomum, quando eu não estava em casa. Ela ficou com muito medo e eu voltei às pressas para casa. Graças a Deus, depois de apuração detalhada, constatamos que não era uma ameaça a nossa família. Contudo, isso me faz pensar na extensão do mal que o regime de exceção fez e faz na minha família. Minha esposa é uma boa pessoa, nunca fez mal a ninguém, não merece viver em estado perpétuo de medo e apreensão. Ela não merece viver desconfiando de cada detalhe incomum e não corriqueiro de sua rotina. Essa é um lado de minha vida que não exponho em público, mas que marcará para sempre minha família. Minha esposa perdeu o direito de ter paz de espírito, de viver sem preocupações com tiranos e seus jagunços, pois está sempre com medo da maldade que o regime de exceção é capaz de fazer. Esse tipo de coisa muda para sempre a vida de uma pessoa. Eu só posso tentar mitigar isso, como homem e marido dela, mas, infelizmente, jamais irei conseguir sarar essa ferida na alma dela. Foi negado a ela ter uma vida normal, o regime de exceção brasileiro lhe tirou isso pelo o resto da vida. Mas vocês irão pagar por esse e todos os demais crimes e crueldade que cometeram.