“Mais de 6.500 pequenos negócios nos Estados Unidos da América (EUA) dependem de produtos importados do Brasil, enquanto 3.900 empresas americanas investem no país“
Maior entidade empresarial dos Estados Unidos da América (EUA) a US Chamber of Commerce advertiu publicamente sobre os riscos para a própria economia americana de um tarifaço de 50% sobre o Brasil e defendeu negociações de “alto nível” entre os dois países. “Mais de 6.500 pequenos negócios nos Estados Unidos da América (EUA) dependem de produtos importados do Brasil, enquanto 3.900 empresas americanas investem no país. O Brasil é um dos dez principais mercados para as exportações dos Estados Unidos e o destino para aproximadamente US$ 60 bilhões em bens e serviços americanos todos os anos”, afirmou a US Chamber of Commerce, em nota publicada nesta terça-feira (15/7). A nota, distribuída à imprensa dos Estados Unidos, é assinada em conjunto com a Amcham Brasil — maior câmara americana de comércio fora do país. “A US Chamber e a Amcham Brasil instam os governos americano e brasileiro a se engajarem em negociações de alto nível para evitar a implementação de tarifas prejudiciais. A imposição de tais medidas, em resposta a tensões políticas mais amplas, corre o risco de causar danos reais a uma das relações econômicas mais importantes dos Estados Unidos e estabelece um precedente preocupante”, disse a nota. “A tarifa de 50% proposta impactaria produtos essenciais para as cadeias de suprimentos e os consumidores dos Estados Unidos, aumentando os custos para as famílias e reduzindo a competitividade das principais indústrias americanas.” As duas entidades pedem uma solução negociada, pragmática s construtiva para a crise comercial. Nesta segunda-feira (14/7), em entrevista à CNN, o CEO da Amcham Brasil, Abrão Neto, disse que vê espaço para negociar e defendeu que retaliações sejam vistas apenas como um “último recurso” ao tarifaço de Donald Trump.