CNN Brasil
A possibilidade de um desembarque dos partidos do Centrão do governo ganha força, mas encontra resistência em figuras importantes como o deputado federal Arthur Lira (PP-AL) e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que se opõem à ideia de romper com o Planalto. A apuração é do analista de Política Pedro Venceslau para o CNN 360º. Uma reunião marcada para a próxima terça-feira (2) definirá o posicionamento da bancada do PP-União Brasil, partido que atualmente ocupa três ministérios: Turismo, Comunicações e Desenvolvimento Regional.
Pressão
A pressão pelo desembarque vem principalmente de lideranças, como o presidente do União Brasil, Antônio Rueda, o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira, e de ACM Neto, recém-promovido a vice-presidente do União Brasil. Alcolumbre mantém sua posição como principal interlocutor do União Brasil com o governo, atuando na preservação dos espaços políticos do partido na Esplanada dos Ministérios. O União Brasil enfrenta divisões internas por ser resultado da fusão entre o antigo PSL, que teve ligação com Bolsonaro, e o DEM, conhecido por uma oposição mais moderada. Esta composição heterogênea contribui para as divergências quanto à permanência no governo. A indefinição sobre o posicionamento dos partidos pode se estender até o final do próximo ano, principalmente devido às incertezas em relação às candidaturas do campo da direita para as próximas eleições. Mesmo com a dificuldade de apoio ao governo, existe a possibilidade de que essas legendas optem por uma candidatura própria mais moderada.
