A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que Trump “deveria cuidar dos seus próprios problemas” e “respeitar a soberania do Brasil e do Judiciário”
A publicação do ex-presidente dos Estados Unidos da América (EUA) , Donald Trump, em defesa de Jair Bolsonaro (PL) gerou reações imediatas nas redes sociais, tanto de ministros do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quanto de aliados do ex-presidente brasileiro. Após a declaração de Trump, Bolsonaro respondeu dizendo ter recebido “com alegria” a manifestação de Trump. Na mesma publicação, voltou a classificar como “aberração jurídica” a ação penal que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, caso em que ele é réu no STF (Supremo Tribunal Federal). Sem citar diretamente o presidente americano, Lula reagiu e afirmou que o Brasil não aceita a “interferência ou tutela de quem quer que seja”. O presidente também reforçou que o país tem instituições sólidas e independentes e que “ninguém está acima da lei”. Aliados do Bolsonaro Após o post de Trump, diversos aliados do ex-presidente se manifestaram nas redes em apoio à sua fala. O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) agradeceu a Trump pela declaração e convocou os apoiadores de Bolsonaro para engajar a publicação. Segundo ele, a fala do ex-presidente americano “não será a única novidade vinda dos Estados Unidos”. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também agradeceu a Trump e reforçou que Jair Bolsonaro deveria ser julgado pelos brasileiros, nas urnas e não pela Justiça. Já o governador de São Paulo e ex-ministro do governo Bolsonaro, Tarcísio de Freitas, afirmou que o julgamento do ex-presidente deve ser feito “somente pelo povo”, durante as eleições. https://youtu.be/C6lFfkqBVJo?si=i4h4OETyjFhdBTig Ministros de Lula Por outro lado, ministros do governo Lula criticaram a postura de Trump e reforçaram a soberania das instituições brasileiras. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que Trump “deveria cuidar dos seus próprios problemas” e “respeitar a soberania do Brasil e do Judiciário”. O advogado-geral da União, Jorge Messias, também repudiou o comentário e afirmou: “O Brasil é uma nação livre, soberana e democrática. Qualquer tentativa de interferência em nossos assuntos internos — venha de onde vier — será firmemente rechaçada. Essa diretriz é ainda mais relevante quando se trata de preservar a independência do Poder Judiciário contra qualquer forma de pressão externa voltada a interferir em suas decisões.”