O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (7) que “não teve” golpe no 8 de Janeiro, em aceno a bolsonaristas.
O que aconteceu
Motta falou em agressão, mas minimizou golpe. Em entrevista à Arapuan FM, de João Pessoa, ele deu sua opinião sobre os atentados aos prédios dos três Poderes em 2023. O presidente da Câmara afirmou que o episódio “foi uma agressão às instituições”, mas relativizou sobre a tentativa de golpe de Estado. “Agora, querer dizer que foi um golpe… Golpe tem que ter um líder, golpe tem que ter uma pessoa estimulando, tem que ter apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas. Não teve isso. Ali foram vândalos, baderneiros com inconformidade com o resultado da eleição, demonstrando sua revolta, achando que aquilo ali poderia resolver [e fazer] talvez o não prosseguimento do mandato do presidente Lula. E o Brasil foi muito feliz na resposta” – Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados Federais. Deputado paraibano afirma que vai tratar o PL da Anista com “isenção”. Eleito com o apoio do PT e do PL, Hugo Motta tem dito que não podem exigir desequilíbrio na atuação dele. “Eu vou procurar, naquilo que me cabe, ser correto com todos e conduzir a Casa com isenção. É isso que o presidente da Casa tem que fazer”. É uma pauta que divide a Casa, que gera tensionamento com o Judiciário, com o Executivo, por isso o nosso cuidado em tratar sobre o tema. Eu não posso chegar aqui e dizer: vou pautar semana que vem, ou não vou pautar de jeito nenhum. Será um tema que nós estaremos analisando, digerindo e conversando porque o diálogo tem que ser constante“- Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara dos Deputados Federais. ” Sem impeachment. Ele afirmou que não pretende discutir um pedido de impeachment de Lula por suposta pedalada fiscal no programa Pé-de-Meia. “Não está no nosso horizonte movimentos de trazer instabilidade ao país”, disse Motta. Hugo Motta terá que lidar com a pressão por anistia aos presos do 8 de Janeiro. Durante a campanha, em 2024, Motta se esquivou do tema para conquistar mais apoios e disse que o então presidente Arthur Lira (PP-AL) resolveria. O deputado alagoano autorizou a criação de uma comissão especial para debater o tema, mas o colegiado não foi instalado.