Só que o ministro do STF Alexandre de Moraes negou o pedido de Bolsonaro para ir à posse de Donald Trump
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comemorou o convite recebido para a posse de Donald Trump (PL) e afirmou que estaria animado “como uma criança”, em entrevista ao The New York Times. O ex-mandatário também teria dito que “pede a Deus” pela chance de “apertar a mão” do aliado reeleito nos Estados Unidos, caso seja autorizado a comparecer ao evento. Isso porque o passaporte dele está retido desde fevereiro do ano passado, após ter sido alvo de investigações ligadas à trama golpista. Um pedido de liberação do documento foi protocolado pela defesa e está sob análise do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Repercute nas redes: Ex-líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu critica governo e diz estar com ‘paciência zero’ após recuo no Pix De olho em 2026: ‘Que todos os partidos se unam’, diz Gusttavo Lima, cortejado por PL e União Brasil. Otimista em relação à recondução de Trump à Casa Branca, Bolsonaro descreveu o aliado como “o cara mais importante do mundo” e reconheceu o convite como “um gesto para se orgulhar”. Ele foi chamado para comparecer à cerimônia por um e-mail encaminhado para o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). — Estou me sentindo criança de novo com o convite do Trump. Estou animado. Não vou nem tomar mais Viagra — disse. Expectativa para liberação do passaporte e resposta a acusações Durante a entrevista, no entanto, ele também teria admitido a possibilidade de acompanhar o evento de casa. Na tarde desta quarta-feira, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, recomendou que Moraes mantenha o passaporte retido, afirmando que a viagem não atenderia “o interesse público”. “O requerente não apresentou fundamento de especial relevo que supere o elevado valor de interesse público que motiva a medida cautelar em vigor. A viagem desejada pretende satisfazer interesse privado do requerente, que não se entremostra imprescindível. Não há, na exposição do pedido, evidência de que a jornada ao exterior acudiria a algum interesse vital do requerente, capaz de sobrelevar o interesse público que se opõe à saída do requerente do país”, pontuou Gonet. Ao comentar sobre as investigações da trama golpista e sobre seu indiciamento no ano passado, ele afirmou que estaria sendo “vigiado o tempo todo”. Também questionado sobre sua inelegibilidade decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 2030, o ex-presidente Bolsonaro caracterizou a decisão como “um estupro da democracia”. — Não estou preocupado em ser julgado. Minha preocupação é quem vai me julgar — disse Jair Bolsonaro.
