… após pagar mais de R$ 18 mil a clínica de influenciadores: “Revoltante”. Donos da clínica foram presos novamente
A defesa de Karine Gouveia afirmou que a influenciadora nega o uso do óleo de silicone, como informado pelo delegado. O advogado da Karine, Romero Ferraz, argumenta que a acusação deve provar o uso da substância, e que a investigação ainda não foi concluída. “Não existe relatório final da autoridade policial. Não existe denúncia feita pelo Ministério Público. Ela tem o direito do devido processo legal justo. Se tem essa convicção, inclusive antecipando a culpa dela, que relate o inquérito e o MP ofereça denúncia. Ela exercerá o direito de defesa dela”, declarou. Ao g1, o advogado de defesa de Paulo disse que ele reafirma que todos os procedimentos feitos na clínica de estética foram realizados dentro dos mais rigorosos protocolos. “Jamais foi utilizada qualquer substância proibida em qualquer cliente, muito menos óleo de silicone”, afirmou.
Relembre o caso
O casal foi preso, pela primeira vez, em dezembro de 2024, em uma operação policial que investigava procedimentos estéticos e cirúrgicos que causaram danos físicos a pacientes. Segundo a Polícia Civil, além dos donos, mandados de prisão, busca e apreensão foram cumpridos em desfavor de técnicos que atuavam na clínica e que não tinham formação para realizar os procedimentos. Na época, a defesa do casal afirmou, à TV Anhanguera, que a clínica possuía todos os documentos necessários para funcionar, que Karine e Paulo sempre praticaram os atos dentro do que determina a lei e que o local atende a todos os padrões exigidos pela Vigilância Sanitária. A polícia negou a fala da defesa e afirmou que a clínica possuía um alvará para procedimentos apenas de classe estética, ou seja, minimamente invasivos. Além da incapacidade profissional dos envolvidos, a investigação apontou que os materiais e produtos usados nos procedimentos eram inadequados. Mandados também foram cumpridos em Anápolis, a 55 km da capital. Os envolvidos tiveram as contas bancárias, bens e valores bloqueados. No total, foram R$ 2,5 milhões apreendidos, além de um helicóptero avaliado em R$ 8 milhões.
Soltos desde fevereiro
O casal foi solto após decisão publicada no início de fevereiro pela ministra do Superior Tribunal de Justiça Daniela Teixeira. Na decisão, a ministra considerou que manter o casal preso era “desproporcional” e citou que outros investigados já tinham sido soltos. A sentença atendeu o pedido da defesa, que alegou que Karine e Paulo não poderiam mais atrapalhar as investigações e também que são pais de uma criança de 7 anos, que inclusive sofreu um acidente grave de carro e precisou passar por cirurgia.