Foto: Divulgação/Polícia Civil e Reprodução/TV Anhanguera
Corpo de mulher em situação de rua foi encontrado em um lote baldio em Rio Verde. Segundo delegado, o crime foi executado de forma “extremamente cruel”
O suspeito pela morte de Elisângela Silva de Sousa, abordada enquanto ia trabalhar, confessou que estuprou e matou a mulher em situação de rua, Monara Pires Gouveia de Moraes, de 31 anos. Tanto o crime contra a Elisângela, quanto o crime contra a Monara aconteceram em Rio Verde, na região sudoeste do estado, onde a Polícia Científica fez a reprodução do crime contra a Monara com o Rildo Soares dos Santos, de 33 anos. De acordo com o delegado Adelson Candeo, o crime contra a mulher em situação de rua aconteceu no dia 7 de julho e, no mesmo dia, o corpo dela foi encontrado parcialmente carbonizado em um lote baldio. Em nota, a Defensoria Pública de Goiás, que estava representando o suspeito para garantir a defesa dele em audiência de custódia, informou que não está representando mais Rildo por não ter DPE em Rio Verde – sudoeste goiano. O caso está em segredo de Justiça e o g1 não obteve o contato da atual defesa de Rildo até a última atualização desta reportagem. Em entrevista para a TV Anhanguera, o delegado contou que o crime contra Monara foi executado de forma “extremamente cruel” e que, durante a simulação do crime, Rildo Soares dos Santos, de 33 anos, confessou ter praticado violência sexual. “Ele praticou a violência sexual contra a Monara. Depois, ele dá uma primeira pancada na Monara e ela corre. Ele pratica outras agressões e ela cai. Ele diz que joga uma cama-box por cima, põe fogo e sobe em cima da cama para segurar ela embaixo. Ela se debate em meio às chamas e ele continua em cima da cama-box para que ela queime o máximo possível”, descreveu . Segundo o delegado, depois do Rildo sair de cima da cama-box, a Monara conseguiu sair debaixo do móvel, mas caiu e morreu, pois ela já estava com traumatismo craniano antes de sair debaixo da cama. Para a polícia, o suspeito alegou que Monara havia furtado R$ 600 que tinha para pagar o aluguel.
Confira a entrevista com o delegado Adelson Candeo:
Crime contra mulher em situação de rua foi “extremamente cruel”, diz delegado. Inicialmente, jovem de 26 anos foi considerado o suspeito de matar e atear fogo no corpo de Monara. O nome dele não foi divulgado e, por isso, o g1 não conseguiu contato com a defesa. Segundo as investigações, o jovem já teria agredido Monara diversas vezes por ciúmes. Ele foi preso no dia 22 de agosto, mas foi liberado após a confissão de Rildo. “Já foi pedida a soltura dele. Esse indivíduo tinha um histórico criminal muito grande e várias testemunhas, que também eram dependentes químicas e que conheciam a ambos, indicavam como uma pessoa que já havia ameaçado a Monara e já havia tentado matá-la em outra ocasião”, explicou o delegado Adelson.
Morte de jovem que ia trabalhar
Elisângela Silva de Souza, de 26 anos, foi encontrada morta em um lote baldio, em Rio Verde, no dia 11 de setembro. Segundo a Polícia Civil, ela foi morta por Rildo enquanto estava a caminho do trabalho, após anunciar um assalto e obrigar a moça a acompanhá-lo até um terreno. O delegado Adelson disse que o suspeito tinha o costume de usar uniforme ao cometer os crimes. “O uniforme era usado sempre na prática dos crimes, tanto no latrocínio quanto no feminicídio. Era uma forma de facilitar a abordagem da vítima, andar de madrugada pelas ruas e evitar uma eventual abordagem da polícia”, contou o delegado. De acordo com o investigador, o suspeito não fala sobre a prática de violência sexual contra Elisângela, mas o laudo da perícia realizada pela Polícia Científica aponta a presença de espermatozoides no corpo da vítima. “Ao contrário do que se imaginava, ele realmente praticou estupro contra a Elisângela, além das outras agressões diversas”, relatou o delegado. Rildo é investigado pelos crimes de feminicídio, furto, ocultação de cadáver, tentativa de estupro e latrocínio.