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O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou segunda-feira (15/9) que a oposição pretende “parar o Senado Federal” caso o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não coloque em votação um projeto de anistia que beneficie Jair Bolsonaro (PL)
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, afirmou segunda-feira (15/9) que a oposição pretende “parar o Senado” caso o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não coloque em votação um projeto de anistia que beneficie Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Ameaça de obstrução
Em entrevista, Valdemar disse que senadores do PL, PSD, PP, Republicanos e até do União Brasil devem se unir para obstruir todas as votações caso Alcolumbre insista na recusa. “Na minha opinião, a única arma que nós temos dentro da lei é a obstrução. E nós podemos parar o Senado. Isso é um prejuízo muito grande para o governo”, declarou.
Segundo ele, a estratégia não deve ser isolada:
“Nós temos o Kassab , que já se manifestou a favor da anistia. Não vai ser 100%, mas vamos ter a maioria. Temos o União Brasil, o PP, temos aí o Republicanos, temos muita gente. A guerra vai ser grande”.
Anistia em debate
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), prometeu colocar em votação nesta quarta-feira (17/9) o requerimento de urgência do projeto de lei da anistia. A votação não decidirá o mérito do texto, mas poderá acelerar sua tramitação — passo já comemorado pela oposição como vitória parcial. No entanto, Alcolumbre tem reiterado que não pautará qualquer projeto que inclua Bolsonaro, alegando inconstitucionalidade da medida. Valdemar rebateu a possibilidade de uma anistia restrita apenas a manifestantes do 8 de Janeiro: “Não há essa possibilidade. Nós temos que ver como vai chegar isso aí e como nós vamos proceder. Com certeza nós temos votos para aprovar. Acontece que é difícil com o governo trabalhando contra. Prejudica muito a vida da gente, porque máquina é máquina. O governo tem muita força”. O embate deve elevar a pressão sobre o Senado e criar novo foco de tensão entre oposição e governo. Para o Planalto, a ameaça de paralisia legislativa representa risco à tramitação de pautas econômicas consideradas prioritárias.



